capítulo 4

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- Olha só quem chegou, meu querido irmão. - Nathan estava sentado no sofá com uma garota de cabelos castanhos e pele bem branca em seu colo. - Já que está vivo, suponho que o plano deu certo. - Ele abocanhou o pescoço da jovem, aí que nojo!! Ver essa cena me da náusea, mas me mantive firme. - Irmão deve estar com fome, lá em cima tem algumas garotas, divirta-se, deve ter tido uma noite muito longa.
- Mal posso esperar para ver o que trouxe para mim irmão. - Dimitri subiu as escadas, não sei porque saber que ele estaria se alimentando de jovens inocentes me chateou tanto, sempre soube que ele fazia isso, que ele era um monstro bebedor de sangue.
- E Lissa, por que não pega um café para nossa bruxinha de estimação? - Lissa estava agarrada em Christian, eles estavam escorados na parede, nem tinha os visto ali, ela me fuzilou quando Nathan deu a ordem, e eu queria matar ele por me dar o apelido de "Bruxinha de estimação". - Meu bem você poderia nos dar licença? - Ele disse a moça que estava em seu colo, e ela saiu me olhando com aqueles olhos negros. - E então, pelo que vejo correu tudo bem, já está tudo pronto?
- Sim. - Abri o grimório e mostrei para ele. - Então aqui está o feitiço, precisaremos de um cálice. - Coloquei o cálice na mesa de Centro. - Da ádaga com o sangue de lobo, e um pouco de sangue de vampiro. - Disse olhando para Nathan. - Só preciso de tempo para decorar o feitiço e me preparar.
- Leve o tempo que for, contanto que em breve eu consiga fazer churrasquinho de lobo. - Ele me pediu para ir até a varanda, pois lá quase ninguém ia, e eu teria todo o espaço necessário para a realização do processo.
- Aqui está seu café. - Lissa quase jogou a xícara em mim.
- Ei, eu não tive culpa, foi Nathan que te mandou ir buscar não eu, não precisa ser rude comigo.
- Eu sei. - Ela virou para sair, mas então decidiu falar. - Nathan é meu irmão, eu sei mas ele é muito genioso. - Ela se senta ao meu lado. - Enquanto você estiver fazendo o que ele quer você irá ser útil, ele não vai te fazer nada, mas no primeiro sinal de desobediencia ele te mata, ou no meu caso me castiga, ė isso que ele sempre faz, já estou cansada dele. - Ela suspira. - Ele é assim com todos nós, menos com Dimitri, parece que eles se entendem, os dois são iguais. - Ela me olha - Só estou te falando essas coisas porque, parece ser uma boa pessoa, e eu não tenho nessa casa alguém que eu possa descarregar isso, porque iriam falar que estou sendo mimada e infantil, pelo menos você não me conhece direito e não vai falar nada, porque odeia ele.
- Hum. - Falo desviando o olhar, eu não era tão boa assim quanto todos pensavam, na verdade ninguém é, todos temos sentimentos obscuros dentro de nós, mas fiquei com pena de Lissa ter que aturar aqueles três sozinha.
- Tenha uma boa tarde Hathaway. - Ela sorriu e se foi.

Estava quase escurecendo, eu ja tinha decorado o feitiço, só precisava me concentrar, iria quebrar um feitiço que foi feito por um clã sozinha, mas eu consigo, sei que consigo.
- Está tudo certo? - Dimitri apareceu do nada e se sentou ao meu lado.
- Sim, só preciso de tempo para me preparar,  esse feitiço vai conssumir muita energia.
- Tem algo que eu possa fazer para ajudar? - Ele pergunta.
- Na verdade sim, vou precisar de um pouco de sangue de vampiro. - Ele não disse mais nada, apenas ficou do meu lado e isso me deu mais confiança em mim mesma, tinha certeza que iria conseguir.
Ascendi três velas brancas no chão fiz um círculo, coloquei cálice no meio, pedi o sangue a Dimitri, Rapidamente ele mordeu seu pulso, saiu um pouco de sangue , eu pedi para ele colocar no cálice, peguei a ádaga, com o sangue de Victor e coloquei em cima do cálice e comecei dizer as palavras em latin.
- Et quid factum est, infectum. - e repeti mais três vezes, era como se estivessem sugando minha alma nunca tinha feito nada parecido, precisava me concentrar mais e repetir  de novo, não estava dando certo, se eu continuasse assim so iria esgotar minhas forças e não ia conseguir nada.
- Et quid factum est, infectum - E repeti mais três vezes, agora sim, senti uma onda forte de poder me preencher, não sei explicar era como se eu não existisse, só aquele poder e então eu cai, Dimitri me segurou e me ajudou a ficar de pé.
- Você está bem?
- Está feito, agora as mordidas dos lobos serão apenas machucadinhos leves, que vão se curar rápido em vocês. - Sorri com satisfação.

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