Capítulo 6

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Anastásia está andando de um lado para o outro em frente ao seu prédio, se sentindo ansiosa. Já faz dois meses que viu Wendy e está morta de saudades dele.

Ela vê o carro de Mary estacionando, seu coração acelera ao vê-lo descendo pela porta de trás. Ele corre para Anastásia e se atira nos braços dela que o agarra no ar e o aperta. Pensa o quanto ama esse menino, como se ele tivesse nascido dela.

- Estava com saudades, mãe.

- Eu também, filho, muito.- beija os cabelos dele. – você cresceu tanto.- ela o segura em seu colo, firme para matar toda saudade que sente dele.

- Estou virando um homem, mãe.

- Eu sei. -reponde rindo da resposta dele.

- Bom dia.- a voz desagradável de Mary estraga a felicidade do momento.

- Bom dia, Mary.- Anastásia responde a encarando séria.

- Ele esteve gripado, não exagere no gelado e não o deixe comer muita bobeira.

- Eu sei como cuidar dele.- Anastásia não se deixa abater e nem abaixa a cabeça para ela.

- Sabe mesmo? – tira os óculos escuros, deixando Anastásia ver todo seu desprezo.- Acho que não, você não é mãe.

Anastásia engole todo o seu desprezo por essa mulher, finge não ter ouvido, se vira para Wendy em seu colo e dá seu melhor sorriso.

- Vamos para a praça? Comprei um bloco exclusivo para você desenhar.

- Oba, vamos sim.

- Até mais, Mary.

Mary não responde, se vira e entra na parte de trás de seu carro, o motorista sai e Anastásia solta um suspiro pesado, como se livrasse de algo ruim, como se o ar até ficasse mais leve.

- Mãe vamos para o parque?

- Sim depois almoçar hambúrgueres e tomar sorvete.

- Eba!- Wendy ri feliz nos braços dela e ela se sente feliz por isso.

Passam um dia maravilhoso, depois de ficarem quase a tarde toda na praça, vão para uma lanchonete que era a preferida deles e de Greg, jantam e vão ao cinema, assistir um filme que Wendy escolhe.

Chegam em casa por volta das dez horas, Wendy acabado de cansaço.

- Vá tomar um banho, que vou preparar um leite e  levar seu bolo preferido.

- Está bem, mãe, posso dormir com você, né?

- Claro, meu amor, coloque sua mochila lá e use o meu banheiro.

- Eba.- grita e corre para o quarto de Anastásia que ri com isso.

Ela prepara leite com chocolate para os dois em uma bandeja com bolo e leva para o quarto, ao entrar, Wendy está apenas de shorts, colocando uma camiseta, ela coloca a bandeja sobre a cômoda e repara em uma mancha roxa no ombro dele.

- Que mancha é essa, filho?

- Essa?- ele olha para a mancha e responde.- eu cai na escola, bati o ombro no chão.

- Sua avó viu isso?

- Sim, ela disse que logo sara.- fala de cabeça baixa.- pediu para Beth passar uma pomada, para sarar mais rápido. Estou com fome.

- Tem bolo e chocolate quente, vou colocar um desenho e comemos.

Eles assistem TV, comendo e rindo da comédia. Anastásia se sente feliz, mas aquela mancha roxa no ombro dele, não sai de sua cabeça.

Vê que ele está abrindo a boca de sono, depois de terminado seu leite.

- Quer dormir?

- Sim.- ele responde olhando firme nos olhos dela. – Mãe, se um dia você se casar e tiver um filho, ele será meu irmão não é?

- Claro.

- Eu queria um irmão, ser filho único é muito chato.- olha mais sério ainda para ela.- sei que já disse um milhão de vezes, mas te digo de novo, quando tiver idade para pedir ao juiz, vou pedir para morar com você.

Anastásia não responde, sente seus olhos arderem pelas lágrimas, acaricia o rosto dele.

- Amo você, filho.

- Eu também, mas não chore, papai não gostava de ver você chorando.

- Eu sei, venha está tarde e sua avó vem te buscar cedo.

Ela o aconchega em seus braços, como fazia quando moravam juntos e acaricia os cabelos dele, começa a cantar a musica que ele gosta e ele logo adormece.

Ela se levanta devagar, o ajeita na cama e resolve tomar um banho.

Sua cabeça está doendo, seu coração sangrando.

Não é só ela que Mary atinge com toda aquela prepotência, com todo seu orgulho. Wendy sofre e sofre muito por estar longe dela. Isso a faz entrar em um choro compulsivo no banheiro diante de sua impotência em mudar as coisas.

Tira a roupa e se enfia debaixo do chuveiro, deixa as suas lágrimas se misturarem com a agua escaldante do chuveiro.

Depois de quase meia hora debaixo do chuveiro, sai e coloca um roupão. Vai para a cozinha e pega o restante do vinho, do jantar com Christian, na geladeira. Enche uma taça e toma tudo de um gole só, sente o liquido refrescar e depois aquecer seu corpo.

As palavras de Wendy bailam em sua cabeça.

Ela olha para seu celular, sabe que é tarde, mas tem que fazer isso, antes que a coragem fuja.

Digita o numero e fica esperando. Depois de alguns toques, pensa em desistir, quando ele atende:

- Alô, Ana?- ela ainda pode escutar uma voz feminina resmungar atrás dele, quase desliga, mas ele insiste.- Ana? Fale alguma coisa, estou preocupado.

- Eu aceito, Christian.- fala sussurrando, antes que se arrependa.

- Isso é bom, vamos fazer isso juntos e ambos sairemos bem disso, te prometo.

- Ok, te ligo na segunda, para acertamos os detalhes.

- Está bem, boa noite e muito obrigado.

- De nada, boa noite.

Desliga, enche a taça com o resto do vinho e toma tudo de uma só vez.

Vai para o quarto, coloca um pijama e se deita ao lado de Wendy. Acaricia os cabelos dele e torce para não se arrepender de sua decisão.

50 Tons - Tudo por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora