Alguns dias depois, Anastásia continuava sobrevivendo, como disse a Kate.
Sentia uma saudade absurda dele, das conversas que tinham, do toque e dos abraços dele. Resistia mil vezes ao dia o intuito de ligar para ele.
Seu orgulho falou mais alto todo esse tempo, já que ele também não a procurava, ela também não queria força-lo a aceitar em sua vida. O "AMIGOS" que ele tanto falava, deixou de existir e ela se sentia magoada com isso.
A única coisa que a fazia se sentir viva, era a sua gravidez, que corria bem, tirando os enjoos, no mais ela não tinha nenhum desconforto.
Estava em um taxi, vindo da Galeria, onde tinha alguns quadros expostos, quando o táxi para em um farol, ela olha pela janela para um Bistrô com mesinhas na calçada, vê alguns casais fazendo refeições, trocando carinhos, sente uma pontada de inveja deles, por não ter aquilo com ninguém, muito menos com o homem que amava. O táxi já estava saindo quando ela o vê, sentado a uma das mesas com uma mulher, ruiva, parecia mais nova que ele. Eles conversavam e riam, não parecia propriamente um casal, mas havia sim uma intimidade entre eles.
Anastásia fecha os olhos e encosta-se ao banco.
Seu coração bate forte de saudades dele, por tê-lo visto por segundos, olhar para ele sorrindo para outra mulher acaba com ela.
A constatação de que ele realmente a deixou para trás e seguiu em frente, esmaga seu peito de dor.
Acaricia a barriga pensando que realmente agora são só ela e o filho. Que toda a esperança que ainda tinha, de um dia estarem juntos, acaba ali.
Seca os olhos e jura para si mesma que vai ser forte e cuidar desse filho sozinha, que não vai ficar se lamentando por tê-lo perdido.
Anastásia já havia completado um mês e pouco de gravidez, lutava contra os enjoos, mal conseguia tomar o café da manhã. Mas não falava nada para Kate, para ela não passar informação para Christian.
Aquele dia se levantou, tentou comer, mas não conseguiu. Toma um banho, pensando em separar algumas telas para levar para a Galeria, já que pretendia parar de pintar por um tempo, até se sentir melhor.
De repente veio uma vontade de comer em um restaurante na Pine Street, que sempre ia com Greg e Wendy e de quebra iria dar uma passada no Museu de Arte de Seattle, passeio que nunca se cansava de fazer.
Arruma-se e pega um taxi com destino ao restaurante.
Depois de uma agradável refeição e admirada por não ter passado mal, paga a conta e resolve ir a pé até o Museu, para aproveitar o dia que estava lindo, sem o costumeiro nublado de Seattle.
Chega ao Museu e começa a andar, observando os objetos de arte, parando para admirar alguma pintura.
- Ana?- uma voz feminina a chama e ela se vira para olhar.- que grata surpresa te encontrar.- Grace vem em direção a ela e a abraça, Anastásia retribui o abraço na mesma intensidade, também estava com muita saudade dela.
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50 Tons - Tudo por Você
RomanceEla tinha um sonho, ele tinha uma meta, só não pensavam para onde isso poderiam leva-los e como isso transformariam suas vidas.