Histórias de amor que eu não vivi

Quando é preciso dizer FIM

Desliguei o celular tremendo, parecia que eu ia fazer xixi de tanto que eu tremia por dentro, eu tentava a todo custo não deixar transparecer a minha insegurança. Mandei mensagem a Luciana com um pedido de Socorro urgente, eu precisava desabafar. Printei nossas conversas e fui mandando a ela, para que compreendesse a minha fúria e mágoa. Ela me deu toda atenção e explicou seu ponto se vista, e de quebra ainda se dispôs a me ajudar, pois eu não queria vê-lo nos próximos dias até que tivesse com essa história resolvida, como era bom ter uma amiga assim.
Nos dia seguinte eu passei a ir ao curso de carona com a turma, pois sabia que podia encontrá-lo no caminho, e eu não podia correr o risco de voltar atrás. Eu sabia que ele iria me procurar, e por isso deixei o cel em modo avião, no dia seguinte ele me procurou no curso, mais uma vez contei com a ajuda da minha best que deixou claro para ele que eu não o queria ver até que sua situação estivesse resolvida, quando cheguei em casa ele havia mandado um milhão de mensagens explicando que no dia seguinte veria sua ex noiva e iriam fazer um teste de gravidez e aproveitaram para conversar. Que eu deveria ouvi -lo e não fugir dele, que precisava me ver, desta vez respondi e deixei claro que aquele distanciamento era necessário para que ele Podesse enxergar com clareza o que de fato queria da vida, que ficasse a vontade para fazer a melhor escolha, e que eu era apenas uma ficante, um amor de férias e que não esperava um futuro de nós dois. A resposta veio em instantes, ele pediu para que nos víssemos no dia seguinte. Eu neguei! Avisei que só o retornaria dentro de 3 dias.
Esses três dias arrastaram-se lentamente, eu não esperava me sentir assim, não imaginei que me afastar dele abriria um buraco em meu peito, e que uma dor mais dolorida do que cólica me incomodaria dia após dia. Mas eu sobrevivi deixando claro para mim que era melhor já ir me acostumando e que as coisas eram melhores assim, aquele carinha não poderia ser minha paixão, não haviam chances. No fim do terceiro dia eu o desbloqueei e esperei mensagens... Não pareceu nenhuma! Ele deveria ter resolvido seu problema. O meu coração começou a rachar lentamente dento de mim. Procurei no contato de Renata(Como o fazia todo dia) se havia algo que indicasse a volta deles. Nada! Só havia trocado o perfil por uma foto dela e de Cebola, Renata era uma mulher bonita, de beleza comum mesmo, e parecia ter atitudes maduras, eu comecei a pensar se aquela foto era recente ou não. Imaginei que se ela havia tirado uma foto com cebola, era porque haviam se encontrado. Eu odiava Renata naquele momento! Joguei o celular na cama.
-Idiota!
Eu prometi a mim mesma não ligar, eu não queria mais vê-lo, estava melhor assim, mas dentro de mim parecia que uma floresta inteira estava vindo ao chão.
No dia seguinte, que diga-se de passagem era um sábado, meus pais precisaram sair e ficariam fora por algumas horas, acordei com a campainha, levantei trôpega e esfregando os olhos, deveria ser Luciana, ela havia combinado de vir passar o dia comigo, eu estava precisando. Fui abrir a porta de baby doll amarrotado e com bafo, o cabelo amarrei num coque até o caminho da porta. Quando a abri... Luciana estava lá! Com a cara mais culpada/safada desse mundo, e atrás de si, uma figura mediana, usando jeans e camiseta, com uma barba bem feita que me deixava "secretamente" excitada, tentava sorrir.
-Ah.. amiga ele me obrigou! Tchau. Depois nos falamos. Ela disse e saiu.
Enquanto eu tentava assimilar tudo, ele disse:
- Não fica chateada com sua amiga, mas eu precisei recorrer a ela. Eu realmente precisei fazer essa loucura de vir até sua casa, eu preciso mesmo te ver. E foi se aproximando.
Levei as mãos a boca.
-Calma, senta aí. Eu vou... escovar os dentes. E sai correndo em direção ao banheiro.
Eu não me dei o trabalho de me tornar mais apresentável, Eu queria que ele fosse embora dalí o mais depressa possível, se meus pais chegassem eu jamais saberia o que explicar.
-Você deve ser louco de vir até aqui. Vou matar Luciana! Meus pais... Ele se levantou rápido do sofá e me calou com um beijo.
- Eu precisava fazer essa loucura! Eu precisava mesmo ver você.
Baixei os olhos.
-Eu só preciso que a gente converse! Estou falando sério Sarah.
- Eu... Eu sinto muito. Mas pensei bem... Melhor as coisas assim. Melhor você ir.
-Sarah! Eu só preciso conversar com vc hoje! Ele estava uma metralhadora.
-Tudo bem, tudo bem, mas vá embora. A gente combina depois pelo whats. Meus pais podem chegar e matar vc.
-Tudo bem! Eu vou indo. Mas não desistirei de ter ver. Ele disse sério procurando meus olhos.
- Tudo bem, vou dar um jeito.
Houve um breve silêncio. E então levantei os olhos e vi que me observava.
- Está tão sexy com essa roupa de dormir... Eu te comeria todo dia! Devo ter feito uma cara engraçada pois ele riu divertido com a minha reação.
Não resisti e ri junto.
Ele foi rápido como um raio e me puxou para um beijo, dessa vez me deixei ser beijada e mais uma vez percebi que beijaria aquele homem para sempre.