O dia seguinte ao amor

58 11 39
                                    

Acordei de madrugada com carícias em meu pescoço, sorri e me virei para Túlio.
- É tão bom morrer de amor...
- E continuar vivendo! Ele completou.
Ficamos ali abraçados e sentindo o calor do corpo um do outro.
- Sabe, eu tive medo. Falou segurando meu rosto entre suas mãos.
- De que?
Ele hesitou por um segundo.
- De que você voltasse para Henrique.
Balancei a cabeça em sinal de negativa.
- Sem chances!
Ele acariciou meu rosto e eu me aconcheguei mais ainda no seu abraço.
- Bem, vou tomar banho, tenho que ir pra casa me arrumar para ir ao trabalho. Ele falou após alguns minutos, me apertando em seus braços.
- Não! Vamos ficar aqui pra sempre. Falei afundando o rosto em seu pescoço.
- Eu adoraria! Ele respondeu com a voz rouca.
- Tudo bem... Eu acompanho você neste banho! Me ofereci.
E foi assim que a quarta feira deu bom dia ao récem casal fazendo amor debaixo do chuveiro. Já ouvi dizer que quando você vai fazer algo pela primeira vez, deve caprichar, pois as próximas já serão a repetição da primeira. Se isso fazia algum sentido ou não, não sei, mas eu já estava disposta a repetir todos os beijos, os toques e as carícias trocadas entre nós.
Cheguei cedo ao trabalho com um sorriso no rosto que permaneceu assim desde a manhã até a noite na faculdade. Entrei na sala e me sentei ao lado de Vanessa lhe dando um beijo na bochecha.
- Hmmm. Nossa! Alguém está de bom humor hoje. O que aconteceu?
- Tomei o remédio que a Dra Vanessa me receitou! Respondi.
- Que? Ela pareceu não entender, mas logo abriu um sorriso. - Me conta tudo!
Após ouvir minha história, ela fingiu um choro exagerado e disse:
- Ai amiga... Tô feliz por você, sério! E espero que transem muito pra que você sempre chegue com esse sorriso no rosto.
- Mas eu sou uma pessoa bem humorada Vanessa!
- Ah mas não é mesmo!  Principalmente quando passa 84 anos sem sexo.
Revirei os olhos e cai na risada junto com ela.
- Valeu a pena esperar 84 anos. Respondi.
- Hmmm. Vejo que sim! Aliás, fico imaginando que cara faria Henrique se podesse te ver hoje, toda feliz após essa surra de amor que Túlio te deu. O quanto lamentaria por ter sido um imbecil com você, dando chances para que outro fizesse você gritar, mas de tanto...
- Ah chega! Vanessa você não tem jeito. Sua safada! Lhe interrompi rindo. Vanessa sendo Vanessa.
Não posso mentir, mal me concentrei na aula lembrando dos detalhes de nós dois na noite passada, do amor pela manhã, e a saudade que já me consumia. Sim, o amor nos transforma em adolescentes apaixonados. No fim da aula ele veio me apanhar, e fomos conversando no carro sobre os nossos assuntos de sempre, trocando as ideias do jeito que gostávamos, jantamos juntos e curtimos nossa segunda noite de apaixonados.
- Eu não sei se conseguirei ficar mais tempo longe de você. Ele disse olhando firme em meus olhos.
Fitei seu rosto em silêncio, eu sentia o mesmo que ele, nosso relacionamento amoroso havia começado na noite anterior, mas eu sabia exatamente o quanto lhe queria. Meu pai costumava dizer que se deve casar com alguém com quem conversaria para o resto da vida, e se de fato isso fosse verdade, então nós estávamos no caminho certo.

Bem. Desculpe esse capítulo tão curto. Acho que chegou aqui o fim das desventuras de Sarah. Afinal de contas ela e Túlio parecem ter sido feitos um para o outro. Desejo que sim! E você? Eu acredito que o livro vai acabar aqui. Então agradeço a todos os que acompanharam, Principalmente o Jorgeuser66153755, MarinsFernandes e Analicee1990 que foram os leitores mais interativos comigo até agora, e todos os demais que também acompanham. Grata e sucesso para todos nós.

Histórias de amor que eu não viviOnde histórias criam vida. Descubra agora