Capítulo 10

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Os meses foram passando e as provas aumentando. Já não tinha muito tempo para passar com meus amigos brincando. Estávamos sempre na biblioteca ou em algum lugar do castelo estudando.
Harry de alguma forma, conseguiu perder 150 pontos para a Grifinória. O que causou desconforto dos leões e alegria dos sonserinos.
A semana dos exames finais chegou e Sam e eu estamos uma pilha de nervos. Tony e os gêmeos se mantem o mais afastados de nós duas o possível. Afinal o resultado é muito importante para nós esse ano.
- Aí, tenho certeza que errei a maior parte das perguntas - Sam choraminga sentando do meu lado - A professora Minerva poderia ter pegado leve.
Estamos sentadas no corredor da masmorra. Acabamos de sair do exame de Transfiguração e agora temos um tempo livre. Infelizmente, a próxima prova é de Poções. Pelo menos é a última e então é só esperar o resultado final. Pego meu livro de poções e começo a revisar a matéria.
- Garanto que você foi incrível. Já eu por outro lado, sei que no momento que eu passar por aquela porta, eu estou completamente perdida.
- Você fugiu dele por meses. Fique feliz que é a última vez que vai ter que aturar ele.
- Eu não fugi dele - rebato e começo a ler a poção amortentia.
O pior é que é verdade. Passei todo esse tempo evitando ele ao máximo. Não ia mais na mesa dos professores, na sala deles muito menos. Evitei ficar perambulando pelos corredores e em suas aulas eu entrava muda e saia calada. Ele também não me fez nenhuma pergunta durante a aula. Era como se eu não estivesse ali.
- Foi só uma loucura da nossa cabeça. Agora pega essa droga de livro e estuda, porque sua vida realmente depende disso.
..
Duas horas depois saímos da sala de poções com as mãos doidas de escrever e, no meu caso, com as vestes com respingos de poção veritas. Acho que essa é a única que eu consigo fazer bem.
Metade da aula tivemos que responder um questionário com 50 perguntas. E a outra metade tínhamos que preparar uma poção. Escolhi a veritas mesmo sendo mais difícil. Eu resolvi arriscar porque tinha certeza que na prova escrita eu tinha ido bem então a menos que eu fizesse algo realmente ruim como explodir a sala, uma nota média na poção não iria me prejudicar tanto.
Mas a cara de surpresa de Severo deve ser uma coisa boa. Ele apenas testou minha poção e saiu sem falar mais nada.
- Céus. Juro que nunca mais quero ter que fazer uma poção. Ainda bem que essa tortura acabou.
Vamos para nossos dormitórios para tomar um banho e trocar de roupas e depois vamos almoçar.
.....
Na hora do jantar me sento na mesa da Grifinória. Noto como o trio parece nervoso. Talvez seja por causa que Alvo teve que ir para Londres. O que achei muito estranho, diga-se de passagem.
- Então, o que acharam dos exames? - pergunto puxando assunto.
- Foi mais fácil do que esperava - responde Hermione.
Na mesa apenas ela que leva uma conversa comigo. Os garotos continuam agindo estranho. Tenho que descobrir o que está acontecendo.
Assim que nos recolhemos pego o mapa do maroto e fico cuidando do trio. Mas eles permanecem no Salão Comunal até que pego no sono.
Acordo assustada. Pego o mapa do maroto que está debaixo de mim e procuro novamente pelo trio. Olho o mapa inteiro e não encontro eles em lugar algum. Isso só pode significar uma coisa. O terceiro andar do lado direito não está aparecendo no mapa. Realmente espero que eles não estejam lá.
Pulo da cama e saio correndo porta a fora. Por que diabos a masmorra tinha que ficar tão longe do terceiro andar?
- Onde pensa que vai a essa hora, Nellesdor?
Severo está em meu caminho impedindo minha passagem.
- Professor, sinto muito, mas tenho que ajudar meus amigos. Temo que estejam correndo um grande risco.
- Fale de vagar. Não me diga que Potter está aprontando outra vez?
- Não acho que eles estejam aprontando. Acho que estão correndo perigo. Precisa chamar meu pai, agora. Estou indo para o terceiro andar.
Passo por ele em disparada. Quando finalmente chego ao bendito andar, já estou ofegante e com as pernas bambas pela corrida.
A porta está aberta. Entro como um furacão com minha varinha em punho. Sinto meu sangue gelar por um momento.
Um grande cachorro de três cabeças me encara do outro lado da sala.
- Tudo bem, amigo. Não quero te incomodar, só preciso achar meus amigos.
As três cabeças monstruosas rosnam para mim. Vejo uma arpa e a enfeitiço para tocar. O cachorro começa se piscar e desaba no chão em um sono profundo. Isso só pode ser coisa do Hagrid. Olho para todos os lados procurando uma porta e acabo encontrando um alçapão. Não penso duas vezes e pulo lá dentro.
- Aresto momentun.
Meu corpo fica suspenso no ar um segundo então caio sobre algo macio. É uma droga de visgo do diabo.
- Lumus Máxima - Obrigada pelas aulas professora Sprout.
As gavinhas soltam dos meus tornozelos e vou até uma porta na parede de pedra. Passo por uma sala cheia de chaves voando, mas para minha sorte a chave certa já está na fechadura. Não presto muito a atenção por onde passo. Mas percebo que é um tabuleiro de xadrez gigante. Passo por montes de pedaços de peças por todos os lados e sigo para a próxima porta.
Um trasgo nojento está jogado no chão. Pulo ele e sigo em frente. Mas o que diabos precisa de tanta proteção assim?
No próximo cômodo há uma mesa com vidros contendo substâncias dentro. Tenho certeza que são poções de Severo. Respiro fundo e passo por uma pequena chama roxa na frente da porta.
- Ahhhhhhhh
O grito de dor me faz correr para dentro da sala. A imagem que vejo me deixa horrorizada. Quirrel está sem o turbante. Seu rosto parece estar cheio de bolhas como se tivesse sido queimado seriamente. Harry se afasta dele. Quirrel desaba no chão se desfazendo em cinzas. Harry permanece de pé.
- HARRY! - grito.
Ele se vira e uma fumaça que sai dos restos mortais de Quirrel vai em sua direção o atravessando. Harry cai no chão inconsciente.
- NÃO!
Me jogo no chão ao seu lado e checo sua pulsação. Está fraca, mas ainda batendo. Suspiro aliviada.
Por entre as lágrimas que descem por meu rosto, vejo Severo chegando com Alvo. Alvo me separa de Harry e Severo pega o garoto no colo saindo dali imediatamente até a ala hospitalar.
- Vai ficar tudo bem - Alvo se abaixa e pega uma pedra vermelha do chão - Já acabou. Venha, tenho certeza que quer ficar com ele.
Caminho até o objeto no meio da sala. É um espelho. Letras contornam a parte de cima.
Oãca rocu esme ojesed osamo tso rueso ortso moãn.
- Não mostro o seu rosto mas o desejo em seu coração - leio.
Me aproximo do espelho ficando bem na sua frente. Sinto mais lágrimas escorrendo por meu rosto.
Dando as costas ao espelho, deixo ele me levar. A imagem que vi fica gravada em minha mente mas o aperto no meu peito continua. Por Merlin, quase o perdi. Quase perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida. O pensamento me corrói.
......
- Acho que chegou o momento de revelar a verdade, minha criança.
Não olho para Alvo. Estou sentada em uma maca ao lado da de Harry, ele ainda está desacordado. Balanço os pés como uma criança.
- Ele vai me odiar.
- Ele não vai te odiar. Talvez fique um pouco magoado, mas ele vai te perdoar.
- Conseguiu mandar a carta para o Ministro da Magia?
- Sim, mandei algumas horas atrás. Mas como te falei, não acredito que ele leve em consideração seu pedido. Pelas circunstâncias que ele se encontra.
Tomo um gole do café que Madame Pomfrey trouxe para mim. Harry se mexe e acorda. Alvo conversa com ele um pouco.
- Bem, acho que eu termino por aqui - Alvo se levanta - Vou deixar vocês dois conversando. Se precisarem de mim é só me chamar.
Ele sai comendo feijãozinho de todos os sabores que pegou da grande pilha dos doces que Harry recebeu.
- Foi uma idiotice você não ter me contado. Eu poderia ter ajudado.
- Você não acreditaria em nós. E no fim, estávamos errados. Não era o Snape.
- Olha, Harry. Em meus anos aqui, se tem uma coisa que posso te dizer é que Severo é muito fiel a Dumbledore. Mesmo com toda aquela cara de mal.
- Sinto muito.
- Harry - levanto e sento ao lado das suas pernas - Tenho uma coisa muito importante para te dizer. Isso não vai ser fácil e você tem todo o direito de me odiar.
- Eu nunca vou te odiar.
Balanço a cabeça e respiro fundo.
- Meu nome, Harry, antes de vir
para Hogwarts era Dhelila Dursley - engulo em seco e continuo - Meus... Meus pais são Petúnia e Walter Dursley. Tenho um irmão, Duda Dursley. E morava na rua dos Alfeiros número 4.
Harry parece estar hipnotizado. Ele não se mexe nem fala nada. Seus olhos verdes estão arregalados.
- Harry, eu sou sua prima.

...........

Eu juro solenemente não fazer nada de bom.
Hello
Passando para um pouco de Spoilers.
Próximo capítulo Dhelila vai revelar sua história para Harry. Hummm.
Como será que nosso bruxinho vai reagir?.
Da um like. Bjsss
Mal feito, feito.
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Angelus Tenebris - SnapeOnde histórias criam vida. Descubra agora