Dezembro chegou e o frio e a neve vieram junto e de maneira espetacular. O lago congelou e isso impediu que pudéssemos ver a lula gigante. Os gêmeos foram pegos e punidos por enfeitiçar bolas de neve para ficar quicando no turbante de Quirrell. Um dia particularmente frio e úmido, encontrei com o trio mágico: Harry, Rony e Hermione, na biblioteca. E foi assim que consegui fazer com que Hermione achasse o livro que Alvo me dera. Não sei o porque, mas aprendi a não questionar muito Dumbledore.
Também vi Harry e Rony assinando a lista de alunos que passariam as férias de Natal em Hogwarts. Nem preciso dizer que eu também fico por aqui mesmo.
- Vai ser uma droga - resmunga Sam - Não sei o que meus pais querem ir fazer na Sibéria. Sério? Sibéria? Merlin, por que não vamos para um lugar quente? Se os planos deles forem para que eu morra congelada, posso ficar por aqui mesmo. Pelo menos tenho vocês e os gêmeos.
- Olha, eu passei os últimos seis natais aqui em Hogwarts e posso te dizer que não é ruim e eu não trocaria por nada. Sem falar que é nosso último ano.
- Nosso último ano - ela me olha intensamente - Já caiu a sua ficha? Nós vamos ser adultas, temos que decidir o que vamos fazer da nossa vida de agora em diante.
- Eu pensei em sair pelo mundo. Aprender as coisas na pratica - tiro um botão da blusa e uso a varinha para transfigurar em uma grande borboleta azul incandescente - Mas não acho certo me aproveitar mais da bondade de Dumbledore.
- Ah, não me venha com essa - Tony diz de seu lugar deitado com a cabeça no colo de Sam - Quando ele te adotou ele sabia o que tanto ele iria ter que fazer por você.
Estamos na Sala Precisa. Ela se transformou em um aposento com lareira e vários cobertores forrando o chão. Estávamos confortáveis e aquecidos. Me joguei para trás no monte de cobertas que eu havia feito.
Não. Você não ouviu errado. Quando eu vim ara Hogwarts eu fiquei sem ninguém. Dumbledore foi até a casa dos meus pais. Porém, eles foram categóricos em afirmar que se eu escolhesse ficar aqui, eu não precisaria voltar que eles não me queriam mais como filha. Então, Dumbledore com pena de mim, conseguiu a papelada no Ministério da Magia e pegou minha guarda até eu completar dezessete anos. Que é quando somos legalmente adultos. Eu aceitei com uma condição, eu queria trocar meu sobrenome. Dumbledore insistiu que eu aceitasse o dele e seria uma honra para mim, é claro. Mas eu criei o meu próprio: Nellesdor. Como eu faço aniversário em abril, eu já sou de mais. E assim que terminar o sétimo ano de estudo eu estou por mim mesmo. Alvo já me ajudou demais e não posso me permitir que ele continue me bancando.
- Não vou me aproveitar mais dele.
- Não é se aproveitar. Seria só uma ajudinha para começar sua própria vida - Sam fala e me joga uma varinha de alcaçuz.
- Hey, pessoas - Fred e George aparecem.
- O que estão fazendo? - diz George.
- Nos esquentando e matando tempo até o jantar - respondo - E vocês?
- O de sempre - inicia George.
- Planejando pegadinhas - finaliza Fred.
Eles se sentam e Fred senta ao meu lado imitando Tony e deitando nas minhas pernas. Eu adoro essa coisa deles terminarem a frase um do outro. Como se terem a mesma cara já não fosse o suficiente. Às vezes até chamo os dois de divisores de cérebro. Eles adoram.
- Estamos pensando em encher a sala de DCAT de espuma.
- Assim que Quirrell entrar a espuma começa a sair de todos os lugares. O mais incrível é...
- ... que a espuma vai deixar ele todo pintado de roxo.
- Qual é o problema de vocês com o professor Quirrell? - pergunto brincando com os cabelos de Fred.
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Angelus Tenebris - Snape
FantastikMais um ano se inicia na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Dhelila é uma típica aluna que gosta de umas travessuras mas que sempre mantém suas notas boas. Com um grupo de amigos bem variado, uma inimiga declarada e um professor que ela está di...