28 de setembro / noite
_Cara, aquela é sua garota? -Ilhoon, o garoto de cabelos quase totalmente raspados e loiros perguntou para Momo tragando um cigarro. Ele estava com um braço sobre o ombro de Momo e o outro sobre o ombro de Chaeyoung que procurava por Mina com o olhar.
Momo engoliu em seco ao ver Nayeon caminhar ao lado de Rise de salto alto e um vestido justo, pregado ao corpo, perto com detalhes hipnotizadores. A noite não deixava mais que isso ser revelado e Ilhoon, como um dos organizadores da festa, afirmou que as luzes seriam apenas coloridas num tom azul e outra vermelho, principalmente nos quartos para quem quisesse se divertir um pouco além do básico.
_Com todo respeito, Hirai, cuide dela. -Ele disse e apontou em direção ao outro lado com a cabeça, lá estavam Yugyeom, de cabelos cacheados e, para sua surpresa, Jackson. _Qualquer mísera coisa, é só dizer e esses caras irão ver o sol nascer na fronteira com o Norte. -Ilhoon sussurrou e Momo concordou o agradecendo. _E você pequena Chae, onde está sua garota japonesa?
E ele piscou para Momo enquanto arrastava Chaeyoung consigo, pretendendo levá-la até Mina que estava com duas das garotas com quem ele ficaria aquela noite.
Momo começou a caminhar até Nayeon, hipnotizada por ela que estava parada numa pose adotável, conversava alegremente com Rise. Ao se aproximar mais, ouviu a risada da outra japonesa e a viu se afastar e então, em passos rápidos, Yugyeom se aproximou de Nayeon e Momo parou no lugar, cerrando os olhos.
_Mundo pequeno. -Ele disse e tocou o rosto de Nayeon, que se desvencilhou. _Qual é, você nem está mais com Jackson.
Nayeon respirou fundo e simplesmente o deixou lá, saiu andando na mesma direção que Rise, ela estava indo rápido demais e os saltos ecoavam já que haviam poucos adolescentes por ali. Momo correu até ela e a pegou pelos braços e a viu se virar nervosamente.
_Hey moça, vou te sequestrar uns instantes. -Disse roubando um beijo dela e a puxando consigo para dentro da mansão. _Dois a direita, esquerda, escada, quarto número seis a esquerda. Nunca vou esquecer isso. -Momo sorriu vitoriosa enquanto puxava Nayeon consigo.
Sua lista de conhecidos era tão vasta que era quase impossível se lembrar de tudo e todos. Ilhoon era filho de bancários e isso era tudo que sabia além de que ele namorava duas garotas, tinha um irmão que morava no Canadá e pretendia estudar Medicina em Londres. Apesar de festeiro sempre fora responsável e às vezes, ele e Momo se esbarravam.
_Onde estamos indo? -Nayeon perguntou ao visualizar as portas, salas e ouvir a música cada vez mais distante. Pareciam estar em um labirinto parcialmente escuro. As janelas eram enormes e naquela escada onde estavam agora, haviam luzes azuis como as do quarto do prédio e Nayeon sentiu um arrepio em sua espinha. Abaixou o vestido e olhou para a roupa de Momo, uma calça rasgada nos joelhos e dobrada nas pernas, uma blusa preta com detalhes e agora que havia visto, os cabelos dela estavam com metade mesclado em azul e roxo. O tênis era branco e Nayeon sorriu ao perceber que amava até mesmo aquele estilo dela.
Momo soltou sua mão e girou olhando ao redor enquanto contava em japonês. Respirou fundo e sorriu quando chegarem em frente a uma porta e não havia nenhum som ali. A japonesa adentrou o cômodo e Nayeon foi atras, se deparando com um quarto vasto com uma cama kingsize uma saída para uma pequena varanda. Era possível ver os adolescentes próximos da piscina e nenhum som chegava ali até Momo abrir a porta e sorrir, a fechando.
_Você está linda. -A japonesa disse a olhando caminhar pelo quarto e ir até onde havia uma pintura na parede. Nayeon sorriu de canto e abaixou o vestido.
A japonesa caminhou até ela e a abraçou por trás, beijando seu pescoço e a ouvindo respirar mais forte, levando uma mão até sua cabeça.
_Eu tenho a condição de estar linda e você a de ser linda. -Nayeon disse e foi virada por Momo para olhá-la nos olhos.
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TWICE - Namo - Safety (REVISÃO)
Fanfiction"Eu não esperava por isso, no auge da transição entre adolescência e fase adulta, me apaixonar por outra garota. Não era algo impossível. Era improvável. Era quase singular a forma como ela havia me prendido a ela. Talvez.. fossemos para ser... talv...