Capítulo 32

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Nayeon abriu a porta quando chegaram, Momo e Kyulkyung entraram enquanto Taejong desligava o carro e tentava assimilar as coisas, se perguntando quem seria aquela garota tão familiar e porque ela lembrava a família Wang? Talvez fosse paranóia, por isso, o homem saiu do carro e ergueu as mangas da blusa social revelando as tatuagens, chamando a atenção de Kyulkyung ao entrar na imensa sala de estar.

_Eu vou para o quarto ler relatórios da empresa do Brasil. -Ele bufou e olhou na direção de Nayeon que pegava água na geladeira. _Você leu os que pedi?

_Li. -Disse voltando com três copos e uma jarra de vidro. _E respondendo a pergunta do senhor, eu diria que seria interessante colocar uma segunda filial na capital do país, Brasília. -Disse e estendeu os copos para as meninas e o pai.

_São Paulo é o maior polo comercial do Brasil, é conhecida mundialmente. Por que a capital? -Taejong perguntou franzindo o cenho.

Os olhos de Kyulkyung não saiam do semblante confiante de Nayeon que colocava água para Momo enquanto parecia maquinar uma resposta.

_Porque já temos uma empresa em São Paulo. Qual a vantagem de colocar outra no mesmo lugar se acabamos de ir para lá? -Nayeon estalou os lábios. _Carros esportivos não são o forte da maioria da população brasileira, há mais carros populares por lá.

_Você já está entrando em outra questão. -Taejong disse bebendo a água rapidamente e dando de ombros.

_Pai, com todo respeito, coloque uma filial em Brasília e foque em peças de populares, de preferência alemãs, francesas e italianas. -Nayeon bateu no ombro dele e ouviu a risadinha de Momo.

Kyulkyung estava um tanto admirada com a forma de falar dos dois, o homem que para sua surpresa tinha um dente de ouro, olhou em sua direção e sorriu gentilmente.

_Então, Kyulkyung, fique à vontade. Se precisar que te leve em casa, estarei no quarto. -Ele fez uma reverência e bagunçou os cabelos de Momo antes de ir para o segundo andar.

Nayeon voltou com latinhas de suco e colocou sobre a mesinha de frente para o sofá. Notou que Kyulkyung a olhava fixamente e trocou um olhar firme com ela, a viu ficar vermelha antes de sorrir e agradecer por levá-la ali.

_Acho que comecei isso errado. -Kyulkyung começou. _Ou melhor, eu tenho certeza. Eu não devia ter dito que Momo era minha namorada daquele jeito, sinto muito se causei problemas entre vocês. -Fez uma reverência.

A japonesa olhou para a namorada e tentou adivinhar o que Nayeon diria, se pegaria pesado, se insultaria a garota, se a expulsaria, uma infinidade de coisas ruins cruzou sua mente até que viu Nayeon sorrir e negar.

_Eu não culpo nenhuma de vocês se há algo do passado mal resolvido, mas não posso negar que me incomoda que a garota que eu amo tenha pendências com a ex. -Nayeon disse e viu as duas se entreolharem. _Posso ser louca por ter trazido você aqui, porém, a partir do momento em que você está ligada à pessoas ligadas à mim, você é ligada à mim também.

_Eu juro que pensei que te odiaria só que você torna isso impossível. -Kyulkyung disse fazendo Nayeon rir. _E eu não posso negar que não sinto coisas por Momo, só que estragar o que ela provavelmente custou a construir não está no meu catálogo de objetivos em Seoul.

Momo permanecia em silêncio, queria saber onde aquilo pararia e estaria disposta a tudo caso a situação saísse de controle.

_Por que você voltou, exatamente? -Nayeon perguntou desconfiada e a viu olhar vago para o chão.

_Estou procurando uma pessoa. -Kyulkyung respirou fundo e tossiu. _Na verdade, duas pessoas.

Nayeon se lembrou da conversa com Jimin, Momo estava alheia a tudo e mesmo morrendo de curiosidade, não ousou falar nada. Sua namorada olhava para Kyulkyung com uma compaixão no semblante que a fez se assustar porque jamais imaginaria isso porque imaginou tudo, menos aquele sentimento todo.

TWICE - Namo - Safety (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora