Capitulo 36

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O buraco é mais baixo. Eu decidi mudar o foco para um assunto que muito me reflete e com o qual eu tenho muito contato.

Espero que gostem, desculpem possíveis erros e vamos lá.

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A semana que estava em sua metade estava sendo uma das piores da vida de Nayeon. Taejong a proibiu de ver Momo, ele mantinha aquele olhar duvidoso e ao mesmo tempo cheio de certeza, Nayeon sabia que era porque estava certo do que fazia e com dúvida sobre algo o qual precisava descobrir. No colégio foi um inferno porque Taejong colocou alguém para vigiá-la, não sabia quem, mas a própria pessoa deixou um papel na sua mesa no intervalo, disse que a viu perto de Momo e se isso acontecesse de novo, iria avisar Taejong e não hesitaria.

E era algo que vinha dela.

Enquanto permanecia deitada encarando o teto, se lembrou das palavras de sua mãe quando esse mesmo homem, Taejong, seu pai, havia ido embora por diversas discussões. Ela bebia e culpava Nayeon, sendo que sempre havia sido uma boa mãe antes e depois disso.

Aquele comportamento não era típico de Han-a, talvez por isso Nayeon não conseguiu ficar brava com ela de verdade, agora, era o mesmo com seu pai. Aquele comportamento não era típico dele, ele nunca regrou nada em Nayeon, nem quando ela tentou fazer amizades com pessoas que não deixaram ir para a frente. Ele não barrou quando disse que queria uma garota.

E como queria.

Sentia tanta falta de Momo que era como se todos os seus músculos estivessem fracos e só recuperariam as forças quando a visse.

Estava dependente e só se deu conta naqueles dias, estava totalmente paralisada, não conseguia comer, não conseguia dormir, não conseguia sair para ver os garotos que conheceu através dela.

Agora tinha amigos. Amigas. Tinha as meninas. Tinha Jihyo, Jeongyeon, Sana, Tzuyu, Mina e Chaeyoung. Elas todas estariam lá, mas mesmo assim, queria Nayeon. Estava apaixonada, sentia-se inerte. Ouvia seus pais conversando sobre aquilo, Han-a tentou de tudo para convence-lo, mas Nayeon conhecia bem seu pai.

Olhou a data do namoro. 19. O nove parecia sempre reger sua vida, talvez fosse seu numero da sorte. 19 do 9. Sorriu. Isso a fez querer chorar mais. Queria Momo, queria muito, queria tanto que se levantou e saiu, simplesmente iria ignorar seu pai e ir até ela.

Agora a pessoa não estava ali e então, Nayeon aproveitou a deixa e saiu correndo pelos fundos da mansão, passou pelo mato frito atrás do muro e três quintais vizinhos depois, caiu na rua. Estava com um conjunto grosso da adidas, todo cinza, tênis de plataforma e com os cabelos soltos. Correu e correu e correu até o colégio. Sabia do treino, sabia do jogo de sábado, faria de tudo para ir até ela.

***

_Aqui. -Momo gritou na lateral direita, Eunha mandou a bola em sua direção e ela a dominou na coxa antes de pegar impulso e correr na direção do gol de JooE. Chutou, acertou em cheio e as meninas comemoraram.

O treinador a observava, hora ou outra Momo mancava, o frio não estava ajudando também, os músculos dela pareciam travados, a blusa do Barcelona estava sobre a do time do colégio, os cabelos dela haviam sido pintados na véspera e estavam loiros como nunca. O homem suspirou e decidiu dar o treino por encerrado.

Momo se sentou no gramado frio e respirou fundo, sentia seu corpo fraco, não era seu eu normal. Queria Nayeon. Queria que ela fosse correndo até ali e conversasse com ela como fazia, queria ela. Era tão difícil? Sabia que Taejong havia feito alguma coisa, não era boba, ainda mais depois de tudo.

Ainda estava tentando assimilar que Tzuyu e Lucas eram irmãos, que ela e Sana estavam juntas e Dahyun namorava um membro de gangue. Ótimo. Viva a adolescência.

TWICE - Namo - Safety (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora