Capítulo 23

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28 de setembro / manhã

"Close the door now, when I'm with you I'm in utopia"

'Utopia: lugar ou estado ideal de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos.'

Nayeon abriu os olhos, sentindo a respiração contra seu rosto. Sorriu ao ver Momo ao seu lado, dormindo serenamente, os braços em seu redor e em uma péssima posição enquanto seu próprio corpo estava ótimo. A observou, os lábios entreabertos, as bochechas levemente rosadas e os cabelos bagunçados pendendo para fora da cama. A franja estava quase nos olhos, olhando daquele ângulo parecia ainda maior.

Seu coração se acelerou quando ela se mexeu e aos poucos abriu os olho, se espreguiçando. Olhou ao redor e se deu conta de que estava no quarto de Nayeon e de que ela a observava sem sequer precisar olhá-la para concluir isso.

_Bom dia amor. -Momo sussurrou tampando a boca. Nayeon riu baixinho a respondendo e tirando a mão dela dali. _Estava me observando a quanto tempo? -Disse se forçando a tampar a boca outra vez.

_Uns dois minutos talvez. Você precisa se ver dormindo. Passaria a acreditar em anjos. -Nayeon disse galanteadora e se levantou, deixando Momo na cama.

A japonesa se mexeu e sentiu um incômodo na coluna. Seu próprio tornozelo parecia fora do lugar, a fazendo se lembrar do jogo que viria e do qual provavelmente ficaria algum dos tempos de fora. Nayeon franziu o cenho e se aproximou mais dela, vendo-a fazer uma careta ao se sentar.

_Eu iria pedir sua opinião sobre comprar uma cama kingsize..

_Eu sei que sou gorda mas não tem necessidade. -Momo disse estralando as coisas.

Nayeon revirou os olhos e a empurrou levemente, fazendo ela murmurar "" três vezes e tentar esticar a coluna. A mais velha subiu na cama, sua mente cheia de ideias para aquilo, se sentou atras dela e começou a massagear seus ombros, movimentos lentos e precisos no lugar certo deixavam Momo relaxada ao ponto de quase cochilar ali.

_Amor, você é tão flexível. -Nayeon disse zombeteira. _Fazia um tempo que eu queria dizer isso.

Momo riu baixinho e ela parou a massagem para tirar sua blusa. A japonesa a olhou sobre o ombro e ela ergueu uma sobrancelha, para que ela relaxasse.

_Em uma viagem, uma massagista me explicou que você precisa entrar em uma espécie de harmonia com o corpo da pessoa que você está massageando. -Nayeon disse colocando a blusa da japonesa de lado. Segurou os cabelos dela, os colocando sobre o ombro direito e beijou a pele de suas costas, soltando seu sutiã. _Deite-se de bruço, amor. -Sussurrou no ouvido dela, vendo a namorada se arrepiar. Observou enquanto ela o fazia e depois, se colocou sobre ela, uma perna de cada lado e tocou as costas da mais nova, deslizando as mãos de cima para baixo e de baixo para cima. _Relaxe. -Nayeon disse em sotaque japonês e ela riu.

Apertou todas as partes das costas dela, fazendo movimentos circulares, de várias formas e dando leves soquinhos nas áreas mais firmes e tensas. Momo estava de olhos fechados sentindo tudo. Nayeon estava sobre as nadegas dela, fazendo uma pressão gostosa ali.

_Está gostando? -Nayeon sussurrou e ela confirmou em um murmúrio. _A senhorita poderia ter me pedido para chegar mais para o canto, e então não sentiria dores.

_Se você for fazer isso toda vez que eu sentir dores eu faço questão de dormir na pior posição possível. -Disse com a voz preguiçosa.

Nayeon negou com a cabeça e deixou um beijo na nuca dela, um em cada um dos ombros, em toda extensão de suas costas e ameaçou abaixar a calça dela, para ver sua reação e para sua surpresa, ela não fez nada. Apenas soltou um risadinha. Nayeon revirou os olhos e deixou um tapa naquela região, vendo-a soltar um "ai" nasal.

_Nayeon-san... -Momo gemeu e se virou brevemente para ver a reação dela, soltando um risada alta.

_Anda lendo e vendo hentais demais, Hirai Momo. -Nayeon saiu de cima dela e a observou enquanto ela se vestia.

Momo deu de ombros e vestiu a blusa, indo até ela. O tempo parecia parar outra vez, sempre que se aproximava dela daquela forma, no intuito de abraçá-la e fazer juras de amor. A puxou para si e a ajeitou em uma posição de dança, segurando a mão esquerda dela no ar, a outra em sua cintura e assim, iniciando uma dança lenta e sem música.

_Sabe do que as estrelas são feitas? -Nayeon sussurrou enquanto era girada brevemente. _Ou quanto tempo levaria para contá-las?

Momo sorriu e a fez olhar em seus olhos. Colocou uma mexa dela atras de sua orelha e a virou outra vez, a abraçando por trás.

_Poeira e hidrogênio. -Momo disse. _É do que as estrelas são compostas. -Beijou o pescoço dela._Infinitas noites são necessárias para contá-las.

Nayeon fechou os olhos e se virou para Momo outra vez. Seus corações aceleraram ao mesmo tempo, unidos, em perfeita harmonia tal como suas respirações. Não dava para saber quem havia mergulhado no olhar de quem. A mais velha engoliu em seco e umedeceu os lábios antes de falar baixinho no ouvido dela.

_Aceita contar as estrelas comigo? -Perguntou num sussurro, fraca de tal maneira que estava sendo sustentada pelos braços de Momo.

A japonesa fechou os olhos e os abriu, a imensidão castanha a sua frente a deixava tonta, em um transe infinito. Sem raciocínio lógico, sem visão nenhuma de espaço e tempo, sorriu.

_Aceito. -A japonesa sussurrou. _Eu aceito.

TWICE - Namo - Safety (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora