As Regras do Jogo - Dean e Sabrina - Coleção Amor em Jogo

Incrivel Huck

Dean

Sabrina estava se preparando para falar algo quando o telefone dela tocou atrapalhando tudo.

Mas ao que tudo indica,que ela fez bem em atender. Pois, sua mãe parecia nervosa ao telefone e acabou deixando Sabrina totalmente deslocada. Sei que tem algo haver com o pai dela. Eu não entendi direito, pois conforme ela conversava com sua mãe ao telefone, ela soltava poucas palavras em alto.

- Tá tudo bem? - Perguntei assim que ela desligou o telefone e paralisou com um olhar de assustada.

- Eu preciso ir a Westt agora! - Ela falou.

- Como assim agora? São duas horas até lá! E ainda estamos no meio da semana. Você tem aula amanha não?

- Eu preciso ir até lá! Minha família esta desmoronando. Meu pai ele... ele...

Ela levantou- se de uma vez da mesa e saiu.

- Sabrina, onde você vai? - Gritei.

Quando percebi que ela não ia me responder, deixei o valor da conta sobre a mesa e corri até alcançar ela.

- Sabrina, espera!

- Eu preciso ir Dean! Depois conversamos! - Sem olhar para trás ela me respondeu.

- Eu vou com você!

Ela parou e se virou.

- Você não vendeu seu carro?

- É vendi! Mas eu posso pedir o do Jeff emprestado e vamos juntos a Westt. Me deixe apenas ligar para ele e saber onde ele estar. Vamos fazer o seguinte. Vá até seu alojamento, pegue o que precisa e nos encontramos aqui, ok?

Sabrina parece anestesiada, pois a unica coisa que faz é balançar a cabeça afirmando que sim e logo depois sai.

Depois que falei com Jeff, peguei o seu carro estacionado em frente ao alojamento e fui até a cafeteria. Sabrina já me esperava. Ela entra no carro e simplesmente ficou calada. Eu não queria forçar a ela falar o que aconteceu. Ela mais parecia não acreditar no que ouviu ao telefone. Foram duas horas de estrada em silêncio. Logo depois que estaciono na frente da casa de Sabrina, ela fala:

- Eu não sei quanto vou demorar.

- Não se preocupe. Eu vou te esperar aqui fora.

Ela saiu do carro e mais parecia caminhar pesarosamente ao encontro da verdade.

(...)

O tempo passou. A noite caiu e eu tentando relaxar, escutava uma radio com um jogo americano. Mas meus olhos não saem da porta da frente da casa dela. Quando finalmente...

- Dean, me desculpa por fazê-lo esperar aqui fora. Eu acho que já esta muito tarde e que é perigoso voltarmos a essa hora. Eu conversei com minha mãe e falei que tinha vindo com você. Eu sei que você esta tendo treinos pela manhã então se você não se incomodar, acho melhor dormimos e logo pela manhã sairmos. O que me diz?

Realmente voltar aquela hora parecia perigoso, e se conseguíssemos sair bem cedo, eu chegaria a tempo no treino.

- Sua mãe não vai se incomodar? Tem certeza?

- Vamos! Precisamos descansar antes de voltarmos.

(...)

Quando entrei na casa, eu tive uma sensação de aconchego e doce lar. Havia brinquedos espalhados pelo carpete da sala. Uma lareira tímida queimava uma lenha que exalava um cheirinho bom pela casa e uma luz ofuscada. Percebi que em cima da mesa da sala havia algumas canecas indicando que duas pessoas conversaram ali. Sabrina voltou com alguns lençóis e um travesseiro.