O fogo pode queimar, mas a gasolina é o gatilho.
Aparentemente, Lexie e Kian não são bons. São autodestrutivos e renegados.
Quando seus olhos intensos se cruzam, todo o curso de suas vidas céticas muda. Eles sabiam que a aproximação poderia causar u...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Dois dias antes.
Em algum momento da minha vida, me vi sentada com Aurora, dizendo que iria perder a virgindade com alguém especial, que a amasse e se importasse com ela. Porque apesar de tudo, ela ainda continua sendo uma das pessoas mais importantes da minha vida. Mas eu nunca, em sã consciência, especulei que justo ela fosse ser tão inconsequente.
— Mas a decisão é minha! — ela bate o pé, me olhando como se eu fosse uma pedra em seu caminho.
Suspiro, passando as mãos entre os cabelos.
— Estamos nisso faz meia hora. Por que não desiste de uma vez? — cruzo os braços, a vendo mudar sua postura.
— Eu vou em frente com a minha decisão! Porque a vida é minha e eu tenho direito de fazer o que eu quiser, Alexie. — Aurora para em frente a escrivaninha, retocando o gloss labial.
— Achei que quisesse fazer isso com alguém que realmente fosse importante.
Encaro a janela, cansada de tentar explicar as mil e uma razões do porquê de ser uma decisão estúpida.
— Ele é importante pra mim, Lexie. — a loira deixa a embalagem de cosmético cair sob a penteadeira, para me olhar. — E eu estou cem por cento segura disso. — arqueio uma sobrancelha. Ela não pode estar falando sério. — Esse é um momento meu. Exclusivamente meu.
Tenho certeza de que ela está falando sério quando me olha com um semblante duro e a postura ereta. Solto uma lufada de ar, tentando entendê-la. Mas não da.
— E eu estou te dizendo que é uma má decisão. — uma ruga aparece no meio de sua testa, como se não estivesse acreditando no que estou dizendo.
Ela aperta um pouco meus cotovelos, me forçando a olhá-la nos olhos.
— Eu vou perder a virgindade com o Kian porque confionele. — engulo em seco, sentindo algo quebrar-se dentro de mim. Algo está diluindo. — Nada do que você disser vai impedir isso. — meus joelhos fraquejam, mas me forço a mantê-los firmes.
— Ele não é a pessoa certa, Aurora. Você o conhece há o que? Semanas? Nem isso. — ela solta meus cotovelos, balançando a cabeça em negação.
— Chega! — sua expressão é dura e seu tom é cansado. — Meu corpo, minhas regras. — Aurora aponta pra si, piscando os cílios com rímel incolor.
— Tudo bem. Só não vem chorando depois que ele te tratar como qualquer uma. — viro o corpo, colocando as mãos na maçaneta. Desisto de colocar algo racional nela.
— Por quê? Por que é tão errado eu querer fazer algo por mim mesma?
Fecho os olhos. 1, 2, 3... Que se dane, contagem nunca funcionou mesmo. Giro os calcanhares e arranco a mão da maçaneta. Aurora está prestes a chorar e expor toda a sua insegurança sobre sua própria decisão. Bela amiga você é, Lexie.
