O fogo pode queimar, mas a gasolina é o gatilho.
Aparentemente, Lexie e Kian não são bons. São autodestrutivos e renegados.
Quando seus olhos intensos se cruzam, todo o curso de suas vidas céticas muda. Eles sabiam que a aproximação poderia causar u...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu parei de contar os dias quando entrei pela porta da sala.
A primeira coisa que eu notei foi seu cabelo incrivelmente curto. E mais brilhante do que o normal. Aurora parece firme, forte como uma rocha. Ela parece pronta para qualquer coisa. Isso me deixou aliviado. Essa conversa seria mil vezes pior se ela estivesse frágil como antes.
Ontem, quando esbarrei com ela na entrada do prédio de Lexie foi como se tudo tivesse voltado aos eixos. Eu pensei que elas tinham se resolvido. Mas não. Aurora apenas conversou com ela e agora ela faria o mesmo, porque eu pedi. Isso implicou em me dirigir direto para casa ontem. Eu não vi Lília.
Cassandra tinha me dito que eu teria que ser um pai decente e eu também prometi isso a Travis. Um pai decente não trata uma garota como lixo. Então eu preciso consertar isso.
— Quando eu vi você no gramado do campus, eu fiquei louco com a sua semelhança com a Eva. Eva foi muito importante pra mim e de repente ela tinha voltado. — começo a despejar tudo em cima de Aurora, que pareça mais surpresa do que eu. — Eu achei que precisava me vingar do fato dela nunca ter acreditado em mim. Mas não era culpa dela, Aurora. Nunca foi. — suspiro, tentando encontrar uma maneira de explicar como Lexie entrou em tudo isso. — Então eu também vi Lexie. E toda sua luz independente e forte. Eu cai de joelhos por ela sem nem ter trocado uma palavra com ela. — Aurora engoliu em seco, parecendo incomodada. — E durante todo o tempo em que eu estive transitando entre vocês, entre a amizade de vocês... Eu não consigo dizer o quanto me arrependo de ter brincado com os seus sentimentos. Eu não tinha o direito.
Ela respira fundo, como se estivesse tirando um peso de si mesma.
— Você nunca sentiu nada por mim, não é?
Sua voz respinga pelos meus ouvidos confusos.
— Não. Sempre foi ela.
— Eu amei você, Kian. — empurro a culpa esmagadora para baixo. Como eu fui tão babaca com ela? — Mas acho que amei mais a ideia que eu tinha de você. — um alívio súbito me preenche. — Eu nunca poderia amar você por inteiro e todas as suas cicatrizes.
— Você se quebraria no processo. —Ela assente. — Eu sinto muito por não ter sido decente quando você perdeu o bebê.
— Kian, acredite, eu estava louca. — ela sorri tristemente. — Como eu pude criar um relacionamento com você na minha cabeça? Como eu pude ser tão inocente a esse ponto? — ela lamenta frustrada. — Acho que eu simplesmente fechei os olhos pra tudo. E o bebê... Não era pra ser. Acho que isso só teria agravado todo esse caos.
Aurora direciona seu olhar para os pés, sem jeito para continuar falando enquanto me olha.
— Bom, eu já disse para ela tudo o que tinha que dizer. — ela brinca com os dedos. — Vocês tem que tentar, afinal — Aurora levanta seus olhos marejados para os meus cheios de arrependimento. — Não há nada como vocês. Nunca vi um homem tão disposto a mudar o sol do lugar. — sorrio ao ouvir sua comparação.
