Capítulo 15| As responsabilidades nunca vão embora

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Me contento em olhá-la e ouvir o som da sua respiração serena por algum motivo

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Me contento em olhá-la e ouvir o som da sua respiração serena por algum motivo. O cabelo de Lexie está espalhado pelo colchão, junto com seus braços. Ela deve mesmo gostar de dormir toda esparramada, e ainda sim consegue ter a expressão mais bonita que eu já vi. Os cílios não são enormes, seus traços não são tão delicados, mas ela é linda.

Agora que ela já rolou pela cama algumas vezes, os fios estão ondulados, do jeito que eu sempre achei bonito. Ela vira de novo, dessa vez, ficando de frente para mim. Seu rosto se aconchega em meu peito, trazendo os braços gélidos para perto. Sua perna se enrosca á minha e meu corpo reage estranhamente bem. Como se ela não fosse só uma visitante.

Estou em um empasse entre mandá-la embora ou passar os braços por seu corpo. Estou sendo egoísta com todos os problemas que estão girando ao meu redor. Eu sou egoísta. Então como eu sou um egoísta que não liga pra nada, que quer fugir de tudo, passo meu braço por suas costas. Só porque ela está quase de bruços e a lateral do meu corpo está confortável na cama.

Seu peito sobe e desce calmamente. Ela parece tão tranquila que não quero a acordar nunca. Finalmente consigo fechar os olhos.

Anjo. — ela sussurra contra meu peito, e eu abro os olhos em alerta. Mesmo que não possa vê-la, acho que está sorrindo.

Mas é só isso, porque Lexie continua dormindo como um anjo. O que aconteceria se eu fosse diferente? A fina linha de pensamento passa pela minha cabeça. Eu quero ser diferente, mas é como se eu tivesse feito algo muito fodido para o universo me colocar como um maldito vilão. O cara que gosta de mentir e brincar com os sentimentos de uma garota como Aurora. Uma pessoa que nunca deve ter feito absolutamente nada de errado para merecer um fodido na vida dela. Ou o cara que tem filhos com uma amiga do passado e não os assume, porque simplesmente não aguenta a ideia de ter alguém que tenha os mesmos demônios que ele.

Eu sei que cedo ou tarde Lília vai conhecer seus demônios e Travis vai se afundar em sua própria paranoia. Não, não, porra. Eu não sei o que eu tanto penso, eles não são meus filhos, eu não tenho que me preocupar com isso. Aperto um pouco Alexie contra meus braços, empurrando minha consciência para longe.

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