Capítulo 10 | Caminhos errados por linhas certas

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Não tenho certeza de quanto tempo Aidan e eu estamos trancados no banheiro, mas tenho certeza que é muito

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Não tenho certeza de quanto tempo Aidan e eu estamos trancados no banheiro, mas tenho certeza que é muito.

— Você precisa muito, muito voltar para lá. — ele diz, separando nossos rostos, que estavam muito próximos para eu levar seu conselho a sério.

Suspiro, acariciando seu cabelo louro. Aidan é o tipo de cara que pode fazer seus demônios sumirem por algum tempo, mas não o suficiente para que você tenha paz de verdade. O digo que não quero voltar para a lanchonete e os pedidos e os pés doloridos. E ele me lança um olhar de quem diz faça isso para ter seu dinheiro. Eu concordo e dou-lhe mais um beijo antes de destrancar a porta da cabine do banheiro masculino.

Ajeito meu cabelo bagunçado, voltando para a lanchonete cedo demais. Aidan sai do banheiro logo depois de mim, deixando a lanchonete sem me dar um último sorriso. Inspiro ar suficiente para me dar o fôlego que preciso. Mesas para atender, muitas, muitas e muitas mesas para atender.

Depois das mesas atendidas, meus pés doem e percebo que Chaz não veio hoje. Deixo isso de lado e agradeço aos céus por Jane ter deixado a pizzaria por conta de sua sobrinha por uns dias. Nancy é ótima com pessoas e serve mais mesas mais rápido do que eu e Chaz juntos. O dia não passou de um borrão, mas ao menos estou em um sábado. O que não vale de nada, porque hoje é meu primeiro dia no estágio.

Estou em frente ao edifício de Kian quando recebo uma mensagem.

Eu soube que passou o feriado com Kian.

Aidan • 15:56

O feriado parece longe para mim e estou tão exausta, porque trabalhei a manhã inteira na lanchonete e minha hora de almoço ficou toda no banheiro, junto com Aidan e nossas risadas contidas. Eu estou sempre cansada e sempre com problemas, já não é uma surpresa. Estou muito mergulhada em pensamentos para assimilar que tenho que falar com o porteiro para que me deixem entrar.

Me identifico e o porteiro avisa Kian, que me libera imediatamente. Quando entro no elevador, uma tensão se alastra pela minha parede cárnea. Minhas mãos transpiram, enquanto encaro minha imagem no espelho. Por que eu estou me auto-conferindo? Balanço a cabeça e o elevador se abre no 7° andar.

Toco a campainha. O corredor é revestido com um piso de madeira polida e brilhando, dando a imagem de que você pode escorregar a qualquer momento.

— Não sabia que você era pontual.

— Eu sou responsável, ok? — ele sorri e eu me seguro para não retribuir o sorriso.

Parte de mim fica surpresa por seu apartamento ser consideravelmente grande e amplo. Mas não consigo tirar muitas conclusões, já que ele me diz para seguí-lo até o pequeno atelier.

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