Capítulo 31.1| Interligados

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Quando eu pus os pés em Hed Saint e agradeci Aidan por cuidar de Lília, eu me surpreendi comigo mesmo

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Quando eu pus os pés em Hed Saint e agradeci Aidan por cuidar de Lília, eu me surpreendi comigo mesmo.

— Eu nunca negaria nada para Lília. — ele diz, colocando as mãos nos bolsos.

Assinto, incrédulo com minha calma ao estar perto dele. Antigamente ou algumas horas atrás eu não suportava Aidan. Eu ainda não o suporto, mas eu não posso negar que ele não tinha a obrigação de se despencar até aqui, só por Lília. Mesmo que ele seja um merda, eu me sinto bem por ele ter carinho pela minha filha. — meu coração se expande ao lembrar meu subconsciente que Lília é minha filha.

— Bom, você aceita uma trégua? Bandeira de paz, ou seja lá como você quiser chamar.

Que porra ele tá falando?

— O que?

— Pela Lília, Kian. Não quero que ela cresça vendo nós brigarmos, ela é como uma filha pra mim. — Aidan suspira, parecendo decidir se para ou continua de falar. ignoro meu incômodo ao ouví-lo dizer que ela é como uma filha pra ele. — Sem provocações, sem ressentimento. — Aidan parece falar sério.

Uma trégua.

Não penso muito antes de Aidan me estender a mão.

— Desculpa pela Eva. — Aidan diz, cabisbaixo. Que caralho ele tomou hoje? — Eu ferrei tudo.

— Você realmente tá se desculpando por algo que aconteceu há anos atrás?

— Estou.

Finalmente aperto sua mão, dando a confirmação da trégua.

— Pela Lília.

Aidan olha para trás antes de atravessar a rua para ir até seu carro. Agora eu não duvido de mais nada.

O céu está estrelado quando adentro o apartamento, ouvindo o barulho de armários sendo abertos e fechados várias vezes. Ouço uma risada fina e avanço para a cozinha, onde encontro pequenos cachinhos amassados.

— O que a senhorita faz acordada? — digo rápido demais para ela se dar conta que estou na cozinha.

O pequeno corpinho de Lília se sobressalta em cima da ilha. Seus olhos brilhantes se agitam ao me ver.

— Papai! — ela grita animada, sorrindo como se eu fosse a melhor pessoa do mundo.

— Ei, princesa. — sorrio ao pegá-la no colo.

Lili aperta meu rosto, dando risada. Será que eu sempre vou ser um pai tão bobo?

Cadê a mamãe? — Lília pergunta.

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