Capítulo 18| Sem pai, sem amor

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O peito dela sobe e desce muito mais rápido que o meu

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O peito dela sobe e desce muito mais rápido que o meu. Lexie está sustentando nosso olhar, enquanto eu espalmo a bochecha ardida. Doeu pra cacete.

— Puta merda. Precisava disso?

Ela se livra do meu braço e saí da parede, passando para o outro lado. A nossa sorte é que está tarde e as pessoaa desse andar são mais jovens, o que resulta em noites fora. O elevador se abre e um casal bem arrumado passa por nós. Eles com toda a certeza beberam, porque o cheiro de álcool inunda o andar em que estamos.

— Precisava. Da próxima não levanta a voz comigo e nem me toque desse modo. — ela passa as mãos pelos braços. Talvez eu eu tenha apertado muito forte. Droga.

— Eu não queria te machucar, Lexie. — tento me aproximar dela, mas ela se afasta do meu toque. — Mas você também gritou comigo e me deu um tapa.

— Porque você não sabe arcar com suas responsabilidades!

É tão hipócrita da parte dela. E ela? Que mente pra melhor amiga? Lexie é tão fodida quanto eu e nem ao menos admite.

— Tudo bem. É verdade. Mas se inclua nesse tópico, porque pelo que eu sei, não fiz nada sozinho.

Seus olhos tomam uma coloração mais escura e ela parece cair em si. Aperto o botão redondo do elevador metálico e o espero chegar. Ouço o som das botas dela batendo para cada vez mais longe, mas sei que está parada me vendo ir embora.

Vejo seus olhos irradiarem sobre os meus, então as portas metálicas se fecham. Passo as mãos pelo cabelo, atordoado com tudo o que está me sugando. Por que não pode ser mais simples? Por que porra eu fui me meter com Aurora?

Se eu tivesse ido falar com a Lexie ao invés de Aurora, tudo seria tão menos complicado. Então eu vi Aurora, e ao mesmo tempo, eu vi Eva. De repente, parecia que Eva tinha voltado pra minha vida em uma versão nova. É idiota da minha parte pensar assim, mas foi o que eu vi.

O elevador se abre e eu sigo para o meu carro, com as imagens de uma doce Eva em minha mente. Ela era exatamente como Aurora. Linda. Cheia de luz.

Quando eu vi Lexie no meio daquela confusão, alguma coisa lá no fundo vibrou. E isso infectou todo o resto. Cada maldito átomo se voltou para ela.

Eu não sei como e nem quando, mas meu cérebro decidiu que tinha que ter a nova versão de Eva com ele. Mesmo que não fosse ela. Mesmo que não despertasse nenhum tipo de sentimento em mim. Mesmo que fosse Lexie o meu ponto principal.

Eu mantive isso tão bem guardado lá no fundo, que minha mente não achou. Ninguém poderia achar.

Piso no acelerador, tomando cuidado com a pouca neve da cidade.

Aurora deve estar dormindo ou acordou. Não sei se ela ouviu toda aquela merda. Eu faria de tudo para voltar no tempo e ter chamado Lexie pra sair. Eu iria dizer pra ela todas as cantadas que que eu conheço, ela iria sorrir e me dar um belo fora. Mas eu não ia desistir. E ela ia gostar disso. Eu poderia levar ela em uma das minhas exposições e Lexie me daria a mão sem medo de alguém ver. Ela poderia me beijar sem culpa.

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