O fogo pode queimar, mas a gasolina é o gatilho.
Aparentemente, Lexie e Kian não são bons. São autodestrutivos e renegados.
Quando seus olhos intensos se cruzam, todo o curso de suas vidas céticas muda. Eles sabiam que a aproximação poderia causar u...
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Dois meses depois
Pela primeira vez em muito tempo, eu vou ter um natal em família. Soraya disse que seria ótimo passar o natal com todos reunidos, fazer novos laços e fortalecer os velhos.
Kian não queria ir, e eu, sinceramente, também não. Mas Lília ouviu o plano da avó e convenceu a todos nós. O plano de natal em família virou uma bola de neve gigante, de modo que tivemos de alugar uma casa para todos ficarem confortáveis. Eu achei um absurdo gastarmos dinheiro para alugar uma casa e colocarmos um monte de gente que provavelmente preferia estar em outro lugar.
Mas quem iria ter a audácia de contestar Soraya e Lília?
Kian veio por Lília, assim como Cassandra e Aidan — que não chega a ficar menos de dez passos de distância de Cassie. Eu vim por Kian. Soraya insistiu em Chamar Pâmela, dizendo que o espírito natalino está na família. Eu acabei cedendo, então Pâmela veio pela comida.
Aurora e Corey vieram por mim, para relembrar todos os bons momentos que tivemos. Austin veio por Corey. E Aurora acabou convidando Chaz, que havia formado uma amizade com ela. Cassandra não teve como fugir de sua mãe, Chelsea. E bom, Aurora não podia deixar sua mãe também — Sophie.
Essa bola de neve resultou em uma casa aquecida e cheia de gente. Lília ficou feliz ao ver Chaz trazendo sua irmã mais nova; Jasmine. Então as duas foram fazer penteados lindos — pra não dizer que aquilo parecia um filme de terror — em Chaz e Aurora.
Faltam apenas algumas horas para o dia 24, mas Soraya corre pela cozinha com Sophie e Chelsea como se faltassem minutos.
— Você parece muito tranquila considerando esse monte de pessoas aqui. — Kian me abraça por trás, descansando seu queixo em meu ombro.
Passo meus braços por cima dos seus, virando-me para ele.
— Eu só estou tentando não tirar os olhos da Pâmela. — suspiro, encarando-a.
Pâmela se juntou às crianças, que abandonaram Chaz e Aurora para fazer maquiagem nela.
— Acho que a minha sogra tá se comportando muito bem.
Eu iria rir muito alto se Pâmela fosse um pouco equilibrada.
— Eu espero que ela continue assim até irmos embora.
— Ei, anjo, não se preocupe tanto. — meu namorado beija minha têmpora calmamente.
Sua calma é resultado de sua recente ação pra parar de fumar. Ele ficou horrível nos primeiros dias. Kian ainda têm muitos acessos de raiva de repente, mas consegue se recuperar. Ele está tentando de verdade e eu o admiro por isso. Eu nunca parei de verde, sempre fumo uma vez ou outra.
Sua motivação é Lília.
— Não sei... Tanta gente no mesmo ambiente não parece um bom plano.
— Acho que eu posso relaxar você. — ele sussurra em meu ouvido e meu corpo se arrepia.
