Capítulo 9.1| Feliz dia de Ação de Graças

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O olho atônita, sem saber o que fazer

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O olho atônita, sem saber o que fazer.

— Não. Não sei nem por que é que você está aqui. — encosto na porta, esperando que ele não entre.

Acontece que só uma parte de mim espera que ele não entre e isso me deixa mais assustada que qualquer coisa.

— Porque Aurora me disse que você iria passar lá em casa, então... — faço um sinal para que ele pare de falar.

— Então você achou conveniente vir até aqui?

— Não é como se fosse a pior coisa do mundo, anjo. — rolo os olhos. Esse apelido já saturou.

— Não sou um anjo e não te dei permissão para me chamar assim, Kian. — ele da de ombros, como se estivéssemos falando de esquilos. — E agora você já pode dar meia volta com essa cesta. Pensei que você fosse profissional. — respiro fundo, tomando minha resistência e empurrando a porta em sua cara.

— Acho que não. — xingo alto ao ver seu sapato impedir-me de fechar a maldita porta. — E nós não estamos em horário de trabalho. Então... — engulo em seco, soltando a porta como se fosse alérgica.

— Sério? — arqueio a sobrancelha, esperando sua pose confiante desmoronar ou vacilar. Mas não acontece. Ele só sorri perverso e continua com os braços cruzados.

— Sério. — antes que ele ponha o pé para dentro, o paro, estendendo minha palma em seu peito. Kian não deixa o sorriso sumir, assim como não deixa sua mão livre parada, arrastando-a para cima da minha. —Venice Beach. O que acha? — tiro minha mão de baixo da sua, afastando-me. Já errei demais.

Não vou à praia com você. Desiste. — pela primeira vez, o encaro como se não estivesse dizendo o que realmente estou dizendo.

— Bom, Aurora não vai ficar feliz quando souber que eu não estou feliz. — reviro os olhos, ciente de que não posso expulsá-lo sem levantar perguntas de Aurora. — Afinal, o que você vai fazer sozinha no feriado? — Limito-me a olhar o balde de pipoca acima do sofá, junto com o cobertor. Na tv, Friends continua passando pela décima vez desde que acordei.

— E o que eu vou fazer com você? Um passeio entre amigos?

— Isso. — Kian gesticula com a mão livre, sorrindo como se fosse o homem mais inteligente do mundo.

— Não.

Sim. Pegue um biquíni.

E em menos de doze minutos discutindo os prós e contras, eu estava cogitando pegar um biquíni que eu nem sequer usaria.

[...]

O sol de Los Angeles poderia animar qualquer corpo exausto. Mesmo estando dentro de um carro, os raios solares teimam em se infiltrar pelos vidros abertos, assim como aquecem meu rosto, tomado pelo vento fresco da estrada. Kian batucava os dedos no volante, cantarolando uma música indie qualquer. Eu me limito a apoiar a cabeça na porta do carro, observando os turistas e moradores andarem pelas ruas quentes. Fecho os olhos, sentindo meu rosto esquentar pelo excesso do sol. Amo essa sensação.

Through CollisionOnde histórias criam vida. Descubra agora