O fogo pode queimar, mas a gasolina é o gatilho.
Aparentemente, Lexie e Kian não são bons. São autodestrutivos e renegados.
Quando seus olhos intensos se cruzam, todo o curso de suas vidas céticas muda. Eles sabiam que a aproximação poderia causar u...
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Fica comigo hoje.
As palavras que escorregaram dos lábios dele estão ecoando em minha cabeça até agora, como se fossem um tipo de aviso tenebroso. Suas mãos parecem metal gelado em minha cintura, mas sua respiração nunca esteve tão aflita.
- Por favor. - seu tom está mais aflito que antes.
Giro meu corpo lentamente, deixando que minhas costas raspem no material sintético do carro. Seus olhos estão tão tristes e desesperados que eu poderia diluir entre eles. Mas não é tão fácil.
- Não dá. Não desse jeito. - solto um longo suspiro, olhando para qualquer coisa que não seja ele.
- Então por que está aqui? Por que me confortou? - agora ele está questionando pelo puro ego ferido, amassando-me contra a porta do carro.
Minha corrente sanguínea reconhece o bater de seu coração; intempestivo, autodestrutivo e incompatível. Mesmo que seja um dia difícil para ele, Kian também tem que entender que minha vida não é um mar de rosas. Com toda a certeza está bem longe disso, mas ele falando desse modo me irrita. Me irrita porque é como se ele não desse a mínima. E eu tenho medo de que ele realmente não dê a mínima.
- Porque eu sou a porra de uma idiota. - digo entre dentes contra seu rosto assustadoramente bonito.
Kian é tão lindo que eu mal consigo olhá-lo.
- Então entra no cacete do carro e vai embora como você tanto quer!
Kian bate na lataria e eu dou um pulo devido ao barulho que estrondoso.
-Não bate no meu carro, seu babaca! - grito em seu rosto e me arrependo instantaneamente.
Seus olhos estão muito perto dos meus, assim como seus lábios quentes. Eu queria não gostar do cheiro de nicotina que ele emana, como a maioria das pessoas. Mas eu amo esse cheiro, apenas porque vem dele. E o mesmo se mistura com seu hálito de menta, deixando-me um pouco zonza. É como se eu tivesse bebido demais.
- Por que não me deixa te beijar de uma vez? - ele está sussurrando, ou gritando.
Para mim é como se ele estivesse gritando em minha cabeça, fazendo um eco várias vezes seguidas. Apoio minhas mãos em seus braços que continuam me encurralando contra o carro, porque meus joelhos literalmente facilaram. Então é o suficiente para que ele me dissolva.
Sua boca está na minha e nossas línguas estão colidindo em alta velocidade. É a única coisa que cerca minha mente e que toma cada célula do meu corpo burro. Minha mente racional quer arrastar Kian de mim, jogá-lo para bem longe. Mas meu corpo quer ele. Meu coração está fora da jogada. Ou ao menos eu espero que esteja. Ele geme contra minha boca e agarra minha cintura de uma forma surreal. Não estamos mais no estacionamento, estamos colidindo um com o outro. Não pertencemos mais há qualquer que seja o lugar que devíamos estar. Eu não sei mais onde estamos.