O fogo pode queimar, mas a gasolina é o gatilho.
Aparentemente, Lexie e Kian não são bons. São autodestrutivos e renegados.
Quando seus olhos intensos se cruzam, todo o curso de suas vidas céticas muda. Eles sabiam que a aproximação poderia causar u...
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Pâmela reclamou e fez piadinhas durante todo o trajeto até o hotel, onde a deixei.
Meu subconsciente luta para me clarear com as imagens de uma Cassandra indignada com Soraya, então eu aperto o volante. Eu não devia me preocupar com isso, até porque, não é da minha conta.
Existem várias coisas que não são da sua conta, Lexie.
Afasto meu subconsciente irritante e tento não me importar com isso, ao modo que empurro a porta do restaurante italiano. O mesmo restaurante de fachada estranha, do primeiro encontro de Kian e Aurora. Sinto meu estômago revirar ao entrar no local aquecido, mas ignoro. Retiro meu casaco grosso e o pouso na cadeira ao meu lado.
Decidi que jantar sozinha seria melhor do que discutir com Corey ou enfrentar a culpa por Aurora. Além do mais, preciso pensar sobre a mudança. Infelizmente, eu não posso ignorar que é uma boa opção no momento. Faço meu pedido e o garçom sai com a comanda, me deixando passar os olhos pelo restaurante.
Kian. Sentado há duas mesas de distância, com uma menininha que me parece familiar. Observo eles por alguns segundos. A menininha sorri por algum tempo, mas então se volta para o cardápio, como se fosse muito interessante.
Minha garganta seca no estante em que seus olhos se cruzam com os meus.
Ele está tão, tão lindo. Há uma sombra de tristeza em suas orbes verdes. Tudo o que acontece entre nós é uma bola de neve que vai aumentando cada vez mais. Sempre somos atraídos para o mesmo lugar. É como se o universo conspirasse a nosso favor. Ou quase.
Deixo meu corpo relaxar perante a cadeira e desvio os olhos dele. Em menos de dez minutos, o garçom aparece com minha massa, então mantenho minha atenção nela.
Alguns minutos se passam e eu encerro minha conta, caminhando para a saída.
Foram apenas três segundos antes do caos.
Recolho meu casaco e em seguida, o visto rapidamente. Me viro para dar-lhe uma última olhada e o encontro perto demais. Kian me olha suplicante, então deixo meu cérebro pronto para dizer que estou indo embora. Mas antes que eu diga algo ou ele toque a ponta dos meus dedos, a porta do restaurante é escancarada. Agora todo o restaurante está olhando para nós.
— Eu não acredito que você fez isso! —uma Cassandra furiosa está vindo em nossa direção. E ela não é nada sutil ao arrancar Lília da mão de Kian.
Eu poderia dizer que a situação é vergonhosa, mas acho que perigosa se encaixa melhor. Aidan está atrás de Cassandra, com cara de poucos amigos.
— Que porra? — ele questiona e Aidan segura o pulso livre da loira.
— Vocês não querem brigar aqui. — digo calmamente,tentando ignorar os vários pares de olhares atentos ao espetáculo da noite.
