Capítulo 13.1| Dor, seja bem-vinda

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Domingo é sempre um dia cheio em Hed Saint, mas para Aurora, é o dobro

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Domingo é sempre um dia cheio em Hed Saint, mas para Aurora, é o dobro. Ela tem um pijama azul de nuvens no corpo mais magro do que o normal e uma carranca de quem não sabe como começar a resolver seus problemas.

— Tem certeza que não quer conversar? — indago, na esperança de que ela comece a falar.

—Tenho, eu só tô cansada.

Ela sibila e some pelo corredor. Algo dentro de mim murcha pelo fato da minha melhor amiga estar mal e eu não saber nem o motivo. É como se doesse em mim também, quase como algo fisíco. Eu sinto isso corroer minha fome matinal migalha por migalha até ouvir a porta ser aberta e me tirar do poço de reflexao.

Buenos dias! — Corey entra em casa, com um chapéu no topo da cabeça ruiva. Ele se divertiu.

Péssimo dia, você quer dizer. — ele faz uma careta, se esparramando no sofá.

— Cadê a Aurora?

— Tá no quarto. — passo para a cozinha, começando a fazer panquecas.

Aurora ama panquecas.

— Que estranho.

Algum tempo grande de silencia se fixa na cozinha e quando vejo já terminei as panquecas. Desligo o fogo e coloco a pilha de panquecas na mesa. Preciso de morangos e melado. Abro a geladeira e ouço Corey arrastar a cadeira para sentar-se.

— Eu vi Aidan com a loira lá. — fecho a geladeira, com alguns morangos em mãos.

— Acabou o melado. — torço o nariz ao ver a embalagem de melado nas mãos de Corey.

Nao quero falar sobre Aidan, ainda mais com Corey.

— Não desvia do assunto.

— Quer que eu fale o que? — digo como se fosse óbvio. Devia ser.

— Você tá toda estressada. 

Suspiro, colocando os morangos na mesa.

Perdi a fome. Mas mesmo assim me sento, porque preciso comer de qualquer forma.

— Por que será, não é? — ele ergue a sobrancelha, como se não entendesse patavina alguma.

Corey arrasta uma panqueca para seu prato e eu mordo o lábio inferior para não lhe dizer nada. Me obrigo a comer uma panqueca e faço um prato para Aurora com duas delas. Despejo bastante melado por cima e no momento em que eu me levanto para buscar uma faca e um garfo, a campainha me interrompe. Corey me encara e faz uma careta que diz eu não vou levantar.

Fecho a gaveta de talheres e me apresso para atender.

— O sr. Dexter mandou lhe entregar. — franzo a testa ao ver uma embalagem gigantesca nas mãos do faxineiro do prédio. Que estranho.

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