Capítulo 49

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Suspiro satisfeita, olhando pela janela do meu escritório, no último andar de um prédio de 89 andares. Acabara de sair um reunião de video conferencia com os investidores desse projeto, para exclarecer a função de cada andar e qual seria o rumo dos agentes daqui pra frente.
Reviro os olhos, sentindo meu celular vibrar e imaginando que séria mais das mil e uma mensagens de Alfie.

"Quando vai vir até a base?"

"Estou esperando Oliver chegar, ele me pediu uma carona."

"Ele não tem carro?"

"Tem... e pode parar com isso, já disse que somos apenas amigos."

"Vocês tem uma amizade estranha!"

Reviro os olhos.

"Não começa."

"Ele te chama de docinho!"

"E daí? O apelido é horrivel, mas não tem nada de anormal, você sabe como ele é."

"Vocês são um grude!"

"É, mais é com você que descidi casar, lembra?"

"É, foi mal, pirei um pouco..."

"Percebi."

"Falando em casamento..."

-Natasha, podemos ir? -indaga Oliver, entrando sem ao menos pedir licença.

"Kansas, Oliver chegou, tenhor que ir. Abraços!"

"Abraços? Prefiro beijos!"

"Vai à merda, Kansas."

Guardo o celular no bolso, só então olhando para Oliver e agradecendo com olhar.

-Chegou bem na hora!

Ele franze a testa.

-Aconteceu alguma coisa?

-O caipira, queria falar sobre o nosso casamento!

-Até quando você vai evitar o assunto? Daqui a pouco, todo mundo vai perceber!

Recolho meu casaco branco, caminhando ao lado de Oliver com passadas largas até o elevador..

-Você quer mesmo casar? - questiona, depois de um tempo em silêncio.

-Claro que quero! - digo, óbvia.

-As suas atitudes dizem o contrário!

-É que... Kansas quer uma coisa bem... tradicional, sabe? Vestidos, padrinhos, madrinhas e... nada disso combina comigo!

-O casamento é dos dois, não só dele.

-Sim, mas não quero estragar o sonho dele...

-Que complicada, mulher!- bufa. -Assim não posso te ajudar!

-Não pedi a sua ajuda.

-Ui! Essa doeu! Docinho!

(...)

-Quando vamos contar para a equipe? - questiona Alfie, soltando a minha cintura. - Já deveriamos ter contado à uns três dias!

-Vamos contar, quando tivermos algo mais concreto. Você mesmo disse que a hipótese é meio louca, por isso, precisamos de provas.

-É, mas não gosto de mentir pra eles!

Bebo um gole da minha garrafa d'água, tentando convencê-lo:

-Não estamos mentindo, estamos omitindo. É diferente.

-Pra mim é a mesma coisa!

-Kansas, só tenha mais um pouco de paciência, ok?

Agente Morgan 4Onde histórias criam vida. Descubra agora