-Acha que essa piruca preta vai impedir que eles te reconheçam? -debocha Hugo.
-Eles não me conhecem pra fazer isso. É apenas para evitar qualquer complicação. Além disso, vocês vão substituir as imagens das câmeras por outras fitas, não é?
-Ainda acho loucura invadir uma base militar no centro da cidade, sem armas! - diz Lindsay, tentando me fazer mudar de idéia.
Suspiro cansada.
-Já disse que vai dar tudo certo, em meia hora estou de volta. E vocês poderam ver tudo pelas câmeras.
Olho para a entrada do prédio, onde cinco soldados acabaram de sair, descendo as escadarias rindo de alguma coisa.
-Tenho que ir.
Retiro meu comunicador e desço do carro rapidamente, caminhando em direção aos soldados com um sorriso envergonhado no rosto.
-É...desculpe encomodar mas... - minha frase foi interrompida propositalmente por um tombo ensaiado contra o chão.
Soltei mini um gritinho de surpresa, misturado pela frustação de ter ralado minhas mãos ao me apoiar no chão, e sinto duas mãos de um dos soldados me ajudando a levantar.
-Você está bem? - indaga.
-Ah, sim! Acredite se quiser, essas coisas são normais comigo... sou muito distraída! -murmuro, limpado minha saia com as mãos. -Obrigada mesmo pela ajuda, soldado...?
-Flint!- responde. - Você estava a ponto de perguntar alguma coisa, antes do... bom, do tombo?
-Sim, na verdade só queria saber onde é o metrô mais próximo...
-É sua primeir vez na cidade? - indaga, curioso.
-Primeira vez no país! Vim a trabalho.
-Então você é inglesa?
-É tão óbvio assim?
-Notei um pouco pelo sotaque... mas respondendo a sua pergunta, o metrô fica a duas quadras daqui, é só seguir reto que você chega lá!
-Ah! Obrigada!
-Vamos Flint! - gritam os outros caras, que se afastaram um pouco de nós.
Sorrio para o soldado a minha frente e vejo-o se afastar atrás dos seus amigos depois de retribuir o gesto. Espero alguns segundos, fingindo limpar mais alguma sujeira da minha saia a espera que eles estejam totalmente fora de vista.
Caminho em direção à entrada, sentindo o crachá de Flint balançar no bolso do meu Blazer preto, adquiro uma expressão séria e passo pelos soldados da entrada com uma certa autoridade, isso até me aproximar das catracas de identificação.
A primeira coisa fiz, antes de chegar até ela, foi aumentar a força com a qual andava, fazendo com que o som dos meus saltos em contato com o chão chamassem a atenção do guarda. Sorri sedutora e antes de passar o cartão para liberar a passagem, cumprimentei ele com um simples "oi", mas que já foi o suficiente para iniciar uma conversa.-A senhorita veio fazer alguma visita?
-Na verdade, vim falar com o general. Sabe se ele está? Preciso passar um informe ainda hoje!
-General Motta? Claro! Ele ainda está na sala dele! Sabe o caminho?
-Claro! Mas antes...- murmuro enquanto atravessava a catraca.-
Vou visitar uma amiga. Obrigada!Sorri falsamente, me virando lentamente e seguindo pelos corredores que Sebastian me indicara antes de começar a missão. O guarda esteve tão ocupado em tentar flertar comigo, que se esqueceu de olhar na tela do computador e verificar se aquele crachá era realmente meu. Isso está sendo mais fácil do que pensava...
Continuo andando pelos corredores, relembrando mentalmente o mapa da base estudar, até finalmente achar aquilo que procurava e parar em frente a uma secretária, que monitorava a porta de acesso ao resto do prédio, restrita para civis e soldados não autorizados, coisa que Flint, provavelmente era.-Oi é... posso ajuda-la? - Indaga a moça. - A senhorita tem autorização para entrar?
-Sim, na realidade só preciso pegar alguns documentos para o General...
-Tem cartão de acesso?
-Não, mas...
-Então não poderá entrar. -intervém.
Suspiro.
-Escuta, o general Motta está furioso com Flint por ter esquecido de levar esses documentos até ele. Flint já foi embora e me ligou desesperado pedindo esse favor, se o general não receber isso hoje, o nosso soldado terá graves problemas! - explico séria.
-Você é o que do Flint? Nunca te vi por aqui.
-Me chame de Major Grayson, treinamos juntos na academia.
-Major é... ah, desculpa... pode entrar sim!
Sem mais delongas, a moça tratou de destravar a porta rapidamente, e um o som de trancas foram ouvidas num anúncio de que já poderia passar. Lançei-lhe mais um olhar sério, demonstrando o quanto estava irritada por toda aquela demora e adentrei pela porta.
Passei por alguns soldados que faziam a guarda das instalações e procurei pelo simbolo de um Alfa entralhado na porta de ferro, coisa que custou um pouco de tempo, ainda mais porque por questões de aparecia tinha de fingir que sabia exatamente para onde ia.
Abro a porta e entro sem qualquer cerimônia. Confesso que pensei que ela estaria trancada, mais pelo visto essa era mais uma barreira desnecessaria nesse lugar, já que além das câmaras, havia acabado de passar de um posto de segurança e por soldados que deveriam estar fazendo a mesma coisa.
Vasculho pela montanha de gavetas de documentos, em busca do projeto da tal arma. Entretanto, depois alguns segundos, percebi que cada pasta estava organizada de acordo com as datas, e a pasta que procurava provávelmente deveria estar nas últimas estantes.
Retiro uma pasta de documentos com a data mais recentes entre todas e folheio o conteúdo. Sei que o plano era pegar e sair dali o quanto antes, mas precisava saber o que estava roubando para a Maré Vermelha, e como eles usariam aquela coisa.
Franzo a testa, mesmo que não seja nenhuma expert ou nerd nesse tipo de assunto, a primeira coisa que constatei ao abri-los foi que esses projetos não são sobre uma arma, pelo menos não do tipo de arma que imaginava, toda aquela confusão era simplesmente por uma mini peça.
Fecho a pasta e organizo as folhas de modo que não demontrasse que já havia dado uma boa olhada, e enfio a cabeça para fora da porta de ferro, sinalizando para um dos soldados que passavam por ali. Ele enrugou a testa, sem entender o que queria, mas mesmo assim se aproximou de vagar.-Posso ajudar, senhorita? - questiona olhando o simbolo da porta.
Abro mais uma brecha da porta, apoiando meu corpo no metal e sorrindo de modo sedutor.
-Depende...
Ele corresponde ao sorriso, e adentra a saleta de forma bruta, fechando a porta com o pé direito sem se importar com o barulho.
Esses soldados tem algum problema hormonal? Caramba, é como se jogasse gasolina no fogo!
Retiro meu sorriso dos lábios, assumindo a mesma expressão séria com qual cheguei até aqui. Sorrir tanto ao interpretar uma personagem cansa, nunca parei para observar se realmente sorrio tanto sendo Natasha Morgan.
Abano a cabeça, voltando a realidade e percebendo o modo como o soldado me olhava, provavelmente pela minha mudança repentina de humor.
Reviro os olhos, e soco o seu rosto com força, contornando seu pescoço com as minhas mãos e o abaixando na altura do meu joelho para bater mais uma vez na sua cara. Com seu corpo já desfalecido, começo a retirar as suas roupas, sabendo que esse seria meu novo desfarçe para sair desse lugar.***
Oieeee!!! Descidi postar esse ainda hoje kkk tomara que tenham gostado!Bjs!
ThaQuake.
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Agente Morgan 4
БоевикDepois de três anos e meio, quando Natasha Morgan foi oficialmente declarada morta, novas ameaças assombram o país e sua nova vida "pacata", foi interrompida por um inesperado pedido. Obviamente a tarefa de salvar o mundo novamente não será fáci...