7 anos depois...
Sorrio de lado, encarando o rosto sádico dos japoneses a minha frente, que pareciam empenhados em me fazer perder aquela disputa. Algo me diz que a maioria ali acredita já ter vencido a luta muito antes dela sequer começar. Tomada pela adrenalina, ergo-me em um salto e começo a desviar dos socos e chutes desferidos pelos três homens ao mesmo tempo. Tenho que admitir que eram excelentes lutadores, afinal nada mais se espera da máfia japonesa, a fama de seus soldados os precediam.
Após uma esquivada, consegui acertar um soco na bochecha de um dos soldados, fazendo sua cabeça virar para o lado e aproveitar a distração do outro para entrelaçar minhas pernas no seu pescoço e leva-lo ao chão. Sem perder tempo, começo a desferir o máximo de golpes possíveis contra os dois japoneses atordoados, tomando o cuidado de desviar as investidas do terceiro.
Reviro os olhos internamente, ao ver mais dois soldados adentrarem a sala.-Silenciosos...- constato cansada. - Apesar disso, achei muito audacioso vocês atacarem em pleno domingo anoite! A máfia não descança?!
Eles aparentemente não entendiam o que acabara de falar, ou simplesmente preferiram ignorar as minhas provocações para poupar enegia para a luta.
-Natasha...?
Arregalo os olhos, apertando o comunicador na orelha antes de responder.
-Estou atrasada? - questiono, nocauteado um dos soldados.
-Como sempre... - responde Alfie, com um resquício de repreensão na voz. - Quanto tempo acha que vai demorar? Seus país vão servir o jantar e poucos minutos!
Olho para o relógio de pulso do japones que tentara me acertar com um cruzado esquerdo, e calculo mentalmente minha resposta.
-Acho que uns...Droga!- brando, vendo mais japoneses chegar. - Em dez minutos estou aí!
-Te espero em meia hora. Nem pense em aparecer aqui de uniforme novamente! Da última vez ainda tinha sangue no traje!
-Tudo bem... - digo ofegante, saltando sobre uma das mesas da sala, para ter um acesso maior em chutar a cara dos homens. - Como ele está?
-Melhor...a febre abaixou...
Devido a minha distração, um dos soldados conseguiu acertar o meu rosto com um soco no queixo, me fazendo desviar um pouco o foco da conversa para a luta, atingindo seu peito com um chute violento para afasta-lo de mim.
-Mais que merda! - sussurro, vendo mais homens chegar.
Desço de cima da mesa num salto, tentando evitar ao máximo os locais da sala que poderiam me deixar encurralada, e torço o braço de dois homens utilizando minhas duas mãos. Uso dos seus corpos para erguer meus pés e inclinar meu corpo totalmente na horizontal antes de acertar o outro que se aproximava na barriga.
-Te vejo em meia hora...-digo, colocando fim à conversa para evitar ser atingida novamente.
(...)
-Estou cheia! - digo, colocando a mão na minha barriga enquanto jogava meu peso no sofá.
-Percebemos, você quase quis comer o Rufus! - reclama Mari.
-A culpa não é minha se o seu filho tem um porco como bichinho de estimação!
-Isso não lhe dá o direito de assustar o Agus! -branda. - "Mãe! A tia Nata está comendo o Rufus!" - fala ela, tentando imitar a voz do filho.
-Se bem quê, foi engraçado...- murmura Katye. - O garoto nem percebeu que a carne que a Nat comia era peito de Perú!
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Agente Morgan 4
AçãoDepois de três anos e meio, quando Natasha Morgan foi oficialmente declarada morta, novas ameaças assombram o país e sua nova vida "pacata", foi interrompida por um inesperado pedido. Obviamente a tarefa de salvar o mundo novamente não será fáci...