Capítulo 41

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Suspiro cansada, depositando a caneta do lado da folha depois de rabiscar o número 50.232 no papel, sem forças para escrever o último nome da lista.
Já havia passado quatro meses desde o meu julgamento no tribunal, e muita coisa aconteceu nesse meio tempo. Em primeiro lugar, o prazo para entregar a lista terminava em três horas, já que a seleção de 50.232 pessoas não acontece da noite para o dia. Meu nome foi oficialmente limpo e retirado dos arquivos mortos, assim como também todos os meus bens foram descogelados, juntamente de uma boa comissão do governo pela última missão. Pois para a população, as coisas continuavam como sempre, ninguém sabia nada sobre a lista e muito menos sobre a minha condição atual com o governo. Levando em conta que a minha reação não agradou nem um pouco as figuras importantes que fizeram parte do conselho naquele dia.

-Nat...?

Olho para a porta, vendo Maddie colocar a cabeça pela fresta.

-Sim? - indago, saindo do meus desvaneios.

-Você tem uma ligação na linha dois.

E por fim, sem saber exatamente o que fazer com as pessoas que ainda restariam da Maré Vermelha, já que dificilmente conseguiriam emprego pela ficha criminal, criei uma agência de segurança privada, totalmente separada do governo. Das 50.232 pessoas, 26.116 descidiram acatar a essa oportunidade de trabalhar para a recém batizada, OTEL. Esse era só mais um modo de evitar que esses ex agentes da Maré se tornassem criminosos, ou que fossem contratadas pelo próprio governo para coisa pior fácil, ainda mais porque fiz alguns inimigos no percurso, que se empenharam em fazer com que esse projeto não se cumprisse.
Assim, com toda a minha poupança e algumas parcerias com governos de outros países, como a inglaterra e a França, a OTEL foi oficialmente fundada a pouco mais de um mês.
Agradeço Maddie com o olhar, relembrando que fora uma ótima idéia traze-la da Suiça para à America, precisava de pessoas de confiança comigo.
Aperto um botão da minha mesa, vendo uma tela surgir à minha frente, do outro lado da sala.

-Jack? - finjo surpresa. - No que posso ajudar?

-Não me venha com essa, Natasha!

-Ok, o que aconteceu?

-Os seus agentes!

-O que tem eles?

-Interferiram numa missão da OSCU!

-O que exatamente eles fizeram?

Ele suspira, claramente irritado.

-Roubaram um míssil!

Reviro os olhos, sabendo exatame do que eles falavam.

-Está falando do míssil inglês?

-E tem outro?!

-Bom... eles tinham a minha permissão para completar a missão. Além do mais, eles não fizeram nada demais. O MI5 nos contratou para recupera-lo, o míssil nunca foi dos americanos.

-Mas está no nosso solo!

-Não mais... nesse exato momento está atravessando as fronteiras britânicas. E... - franzo a testa. - Onde está o meu pai?

-Indo para a casa branca.

-Mais ainda faltam duas horas!

-É mas... espera! Como sabe disso? - questiona confuso. - Pelo o que fiquei sabendo, apenas os diretores do FBI, OSCU e CIA estavam convidados...

-Bom, acho que não preciso explicar, você parece já ter entendido. Agora se me der licença, tenho outra chamada na linha. -murmuro, desligando.

Seguro a caneta novamente, inspirando lentamente enquanto escrevia o último nome da lista.

(...)

Agente Morgan 4Onde histórias criam vida. Descubra agora