Confused. /Gerard/

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 # HEY HONEYS,LEIA ESTE CAPÍTULO OUVINDO A MÚSICA : PALAYE ROYALE – Don't feel quite right. #

Abri lentamente os olhos sentindo uma puta dor de cabeça. O que aconteceu?. 

Olhava para os lados tentando descobrir o que havia feito... Perceber que estava sem camisa, já não era bom sinal.

Ao meu lado direito, algo me chamou a atenção...Por que tinha um cara ali? E ele estava... dormindo? Em uma cadeira ao meu lado? Sentei- me lentamente, agora realmente de frente com o... Porra, como eu fui parar ali?

Várias perguntas me perturbavam enquanto encarava o rosto familiar a minha frente. 

Caralho, eu precisava dar um jeito de me recordar de tudo que aconteceu ou iria enlouquecer ali naquela merda de quarto.

Prestava atenção no rosto do rapaz com cabelos totalmente bagunçados e... puta merda, por que ele estava apenas com uma toalha amarrada na cintura? Merda, merda, merda.

Levei uma das mãos ao cabelo, percebendo o quanto tudo estava horrivelmente dolorido em meu corpo. Preciso sair, o mais rápido possível.

Na tentativa de me levantar rapidamente da velha cama, senti minhas pernas vacilarem como na noite passada.

Tudo ainda rodava e as luzes da boate atingiam meu rosto, o gosto forte da bebida em que insisti em tomar, a ideia de tentar esquecer tudo que nunca abandonava minha mente e aquele maldito momento que caí no chão e desisti de tudo ali.

Foi ele? 

Me questionei examinando cuidadosamente o homem a minha frente, quando finalmente consegui ficar firme com os pés estabilizados no chão gelado do quarto, me recordando lentamente de alguns acontecimentos que me levaram ali.

A ausência de informações em minha mente só piorava cada vez mais a situação em que me encontrava.

  Esse imbecil não me deixou em paz na rua por que? Questionava-me, enquanto o observava ainda dormindo tranquilamente na cadeira nem um pouco confortável.

Senti uma ponta de revolta me atingir enquanto ainda me encontrava totalmente perdido naquela casa, particularmente, acabada.

  Estúpido. 

Talvez eu deveria o ensinar o que acontece quando você leva uma pessoa bêbada que você nem conhece para casa errada...

Esse filho da puta deve ter se aproveitado de mim. Reclamava comigo mesmo enquanto me aproximava lentamente de seu rosto, podendo notar todas suas feições de perto, felizmente conseguindo segurar essa vontade estranha de toca-lo.

Por um logo minuto observei seu peito subindo e descendo lentamente, indicando que ele estava dormindo tranquilamente.

 Confesso que a dor de cabeça me atrapalhava para um caralho, mas não seria ela que iria me impedir de fazer o que tanto queria.

Inclinei calmamente meu rosto para perto do dele, podendo sentir sua respiração bater contra minha pele. Realmente, você parece um anjo enquanto dorme.

Senti uma confusão interna por ter afirmado isso em relação a um homem, talvez a bebida havia afetado meu cérebro.

O encarei mais um tempo com toda aquela proximidade, subindo uma das mãos que estavam abandonadas ao lado de meu corpo indo direcionadamente para seu rosto, dando-lhe um tapa forte.

- Caralho! – Ele gritou quando finalmente abriu os olhos e percebeu o que estava acontecendo.

Ele parecia estupidamente perdido enquanto me encarava com um olhar confuso. Eu já vi esse olhar em algum lugar...

- Bom dia princesa! – Disse sarcástico aumentando um pouco a distância entre meu rosto e o seu.

Era uma sensação estranha, por incrível que pareça, ele não se sentia afetado com isso que acabara de acontecer.

-Mas que porra... – O outro disse baixo passando uma das mãos pelo cabelo, logo olhando para seu corpo seminu, no que pude percebe-lo corar. Por que ele teria vergonha, caralho?

- Parece que alguém quis se aproveitar uh?- Disse o encarando sentindo a raiva começar a correr por meu sangue, precisava me controlar para não soca-lo ali mesmo.

- O que você quis dizer Gee? – Ele perguntou baixo me olhando envergonhado enquanto mantinha as mãos em cima das coxas.

Primeiramente, como ele sabia meu apelido? Puta que pariu, agora eu estava realmente fodido.

- Como você sabe meu nome, seu desgraçado? – Disse rápido o perfurando com o olhar. Filho da puta.

Ótimo, agora além de estar em um lugar desconhecido, um idiota sabe meu nome e ainda acha que pode me chamar pelo apelido como se fosse íntimos.

Ele se encolheu um pouco naquela cadeira de madeira simples.

 – Eu estava te ajudando – O outro disse um pouco baixo e logo voltou a dirigir seu olhar ao meu. – Apenas te ajudando, caralho! – Finalmente terminou de dizer.

O encarei com surpresa por ter me respondido daquela forma. Quem ele pensa que é? Me ajudando? Esse idiota pensava mesmo que eu, Gerard Way, preciso de ajuda? Até bêbado e chapado eu era capaz de me virar sozinho, tadinho, ainda acha que me engana.

- Eu nunca preciso de ajuda! – Estourei sentindo novamente aquela maldita dor de cabeça. Eu preciso ir logo para casa, eu odeio tudo aqui.

- Tudo bem – Ele disse baixo, como se não estivesse se arrependido de nada que havia falado.

Avistei um guarda - roupa ao lado de uma janela, era incrível como tudo ali parecia velho. 

– Foda-se – resmunguei o deixando ali na cadeira, começando a cambalear de um lado para o outro até o móvel, era um plano simples, roubar uma camiseta e sair dali.

Abri uma das gavetas, dando de cara com algumas camisas, pegando a primeira que vi, em que era branca com listras vermelhas. Essa merda deve servir. 

Vestia –me lentamente enquanto virava novamente para onde o otário estava antes, não tendo uma boa imagem quando voltei meu corpo totalmente direcionado a ele.

Não podia saber o que estava sentindo, mas talvez vê-lo com apenas uma peça intima a minha frente não fosse... agradável? Ou realmente era um ótima visão?

Era algo totalmente inevitável de olhar, porra, não sabia nem de onde ele tinha achado aquela boxer branca que agora vestia, o pior era como ele agia totalmente normal.

Ficar apenas com esta "roupa" na frente de um cara que você mal conhece era algo tão comum assim pra ele?

Percebi que o mais baixo, agora de pé apenas com a roupa intima no corpo, me encarava com uma mistura de curiosidade e divertimento. Ele deveria estar louco. Merda, por que ele é gostoso?

- Vai se foder – Disse me dirigindo até a janela. Por algum motivo eu queria sair dali antes que fizesse algo de errado com esse cara.

Não o ouvi dizer mais nada enquanto saltei pela abertura me permitindo sentir a liberdade ao sair daquela casa, percebendo que agora estava em baixo de um sol dos infernos naquela rua um tanto deserta. 

Agora, eu só preciso ir para casa.

- Já vai? – O ouvi falar atrás de mim, provavelmente ele estava próximo a janela em que eu havia acabado de sair.

Sentia seu olhar em minhas costas que estavam sendo destacadas com essa camiseta apertada, com uma confusão imensa se formando dentro de mim.

Uma pequena vontade de voltar até ele me invadiu.

Gerard, para porra. 

Virei-me lentamente para o baixinho que estava apoiado na  janela, o encarando mais uma vez.
Puta merda.

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amém palaye royale.

NÃO MATEM O GERARD 

xoxo

Just For Money / FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora