Lucky day. /Frank/

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O sol radiava em meu rosto no meio daquela mesma rua movimentada, com as mesmas pessoas apressadas de um lado ao outro a busca de seus respectivos serviços, no que apenas conseguia pensar em uma coisa enquanto arrastava minha mala pelas ruas da cidade.

Estou indo mais uma vez na porra da casa de Gerard.

Aquele filho da puta que me trocou.

Que pisou sobre aqueles sentimentos que eu tinha.

E que ainda tenho...

It's like an avalanche

I feel myself go under

Cause'the weight of it's like hands around my neck.


(É como uma avalanche

Eu me sinto soterrado

Porque o peso é como mãos ao redor do meu pescoço.)

Cantava baixo ao que já conseguia observar aquela porta gigantesca de madeira da casa em que estava prestes a entrar para continuar a trabalhar. 

Entre mais alguns  passos e leves tropeços, usando certa força para arrastar a mala pesada de ferramentas pela calçada, finalmente consigo chegar e tocar a porra da campainha daquela moradia gigantesca a minha frente.

O som da mesma ecoou por dentro da imensa residência a minha frente, no que pude ouvir passos calmos se aproximando a porta.

E mais um dia infernal começa...

Pensei ao ouvir as trancas serem abertas, tendo uma grande surpresa ao ver que quem havia atendido a porta desta vez não era Donna e,caralho, deveria agradecer por não ter que ver aquela mulher ignorante logo cedo.

Apesar que todos são assim nessa casa.

Porra.

Depararei-me com o filho da puta lindo dos olhos verdes vestido em um pijama azul marinho com os cabelos negros totalmente bagunçados, segurando uma caneca vermelha que exalava um cheiro do café fresco.

Mas por alguma razão do destino, me sentia realmente confuso em relação a isso tudo,podendo ou talvez imaginando ter algo de errado com ele.

Por que caralhos Gerard ainda não me xingou? E por que foi ele que abriu a  porra da porta sabendo que seria eu?

-Bom dia Gee...- Murmurei esperando alguma reação da parte dele, mas apenas obtive silêncio em resposta. 

Okay, algo está fodidamente errado.

O mesmo voltou seu olhar ao meu pós analisar-me de cima a baixo, no que pude notar olheiras um tanto inchadas em torno de suas orbes verdes, as mesmas que pareciam ter perdido todo o brilho naquela manhã.

Tristeza, isso parecia definir corretamente Gee está manhã.

-Bom dia Frankie. - Ele disse baixo, abrindo passagem para que eu entrasse.

Em passos curtos adentrei a casa,virando-me novamente para aquele homem que me deixava perdido para caralho,o assistindo terminar de fechar a porta e finalmente a trancar novamente.

Merda, deveria perguntar se ele está bem? Cacete Frank, ele não está, olha pra situação do garoto!

Brigava internamente com aquelas dúvidas subindo a minha cabeça, sendo totalmente levado para fora delas quando vejo Gerard me encarando e falando comigo passivamente pela segunda vez no mesmo dia. 

Just For Money / FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora