CAPÍTULO 4

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Abri meus olhos com dificuldade, o clarão da luz me incomodava, meu braço estava com uma agulha enorme de soro, estava zonza.

Edgar: Ju, que bom que acordou! -sorriu aliviado e pegou minha mão-
Juliana: Onde eu tô?
Edgar: Você está no hospital, acabou desmaiando
Dayana: Isso é pra dar trabalho ao John, não come direito e fica desmaiando pelos cantos!
John: Se acalme, querida

Ele olhou pra mim e sorriu

John: Não deu trabalho algum, foi apenas um susto, acontece -deu de ombros e pegou minha outra mão-
Juliana: SAI DE PERTO DE MIM SEU VERME!

As lembranças vieram a tona e eu comecei a chorar enquanto ele se fazia de desentendido

Dayana: FALE DIREITO COM SEU PAI!
Juliana: ELE NÃO É MEU PAI E NUNCA VAI SER! NUNCA!

Eu recebi um tapa na cara, desgraçada

Dayana: QUANDO EU MANDAR ME OBEDEÇA, ESTOU DE SACO CHEIO DOS SEUS DRAMAS JULIANA! QUE INFERNO! -ela saiu do quarto batendo a porta-
John: Edgar saia, preciso conversar a sós com sua irmã
Edgar: Mas..
John: Vá fazer companhia para Rebecca, ela está sozinha

Eu queria gritar para que Edgar não saísse dali, mas não pude. Assim que Edgar o fez, John me olhou, podre.

John: Escute bem, se você abrir essa sua boca imunda pra sua mãe, seus irmãos ou qualquer outra pessoa eu mato a sua mãe e te mato também, pirralha
Juliana: Você é um monstro! -me encolhi chorando-
John: Blá blá blá, dane-se! Abra a sua boca e tchau tchau mamãe!
Juliana: Que mate, aquela desgraçada não vai fazer diferença na minha vida
John: Hum..e quem sabe seu irmãozinho? Oh, não, Rebecca! Genial!
Juliana: Tira o nome da minha irmã dessa sua boca podre! -disse nervosa-
John: Melhor não mexer comigo, Juliana, você não sabe do que eu sou capaz!

Ele disse e saiu, tornei a chorar, eu estava encurralada, não podia arriscar com a vida dos meus irmãos, eles e meu pai são tudo o que eu tenho já que a Dayana não acrescenta em nada em minha vida, muito pelo contrário, ela ama o dinheiro, o luxo em que ela vive hoje em dia. Não se importou com meu pai, comigo, meus irmãos, largou tudo pelo dinheiro. E eu nunca vou perdoar ela por isso.

DIAS DEPOIS...

Estava na sala assistindo um filme com Becca, Edgar e Dayana. Estávamos todos atentos ao mesmo até John entrar feito furacão pela porta enorme

John: QUE PORCARIA É ESSA JULIANA?!

Ele jogou algumas fotos em cima de mim e eu olhei sem entender, peguei as mesmas e gelei

John: A ANOS ATRÁS, JULIANA, EU TE DISSE O QUE ACONTECERIA SE VOCÊ CONTINUASSE VENDO ESSE CARA ESCONDIDO DE MIM, LEMBRA?
Juliana: John, pelo amor de Deus! -eu já chorava-
John: EU NÃO FALO DUAS VEZES MENINA
Juliana: Eu te imploro, não faz nada com meu pai, foi tudo culpa minha! -me ajoelhei-
John: Tenta a sorte, porque nesse exato momento ele está na mira de uma arma!

Bastou ele dizer isso pra mim sair correndo daquela casa pro trabalho do meu pai, eu chorava muito, precisava impedir tudo isso, eu não ia suportar. Parei de correr quando cheguei na entrada da rua e vi a sombra de um rapaz com a arma mirada na cabeça de outro, o levando para um beco. Ouvi um barulho alto de tiro e o grito do meu pai, o meu veio logo em seguida junto as lágrimas quentes que transbordavam pelo meu rosto, meu pai morreu e a culpa foi toda minha de ter insistido nessa idéia idiota.

Warrior | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora