ALESSANDRA...
Pela manhã quando eu acordei ele já não estava mais no quarto. Suspirei e tomei um banho demorado, me vestindo com um conjunto de moletom pra superar o frio que fazia em Londres! Reparei que Luan havia deixado a porta aberta, abri a mesma e desci as escadas devagar, mas parei ao ouvir uma voz que eu conhecia mas não lembrava de onde, me abaixei um pouco na escada e vi Maurício, o advogado de John.
Luan: Então eu vou conseguir tomar a boate sem nenhum problema?
Maurício: Nenhum. É um direito seu e do seu filho.
Natália: Mas a boate é ilegal, certeza que isso vai dar certo?
Maurício: Claro que vai, ninguém precisa saber se o Luan vai usar pra fazer outro estabelecimento ou continua com a mesma.
John: E se argumentarem eu tenho como forjar a audiência, os juízes são meus amigos esqueceu? -riu com deboche-
Luan: Certo. E quanto a casa, os carros e afins?
Maurício: Está tudo no pacote, o que é dela passa pro filho, e já que você vai criar sozinho por enquanto tudo é seu!
Luan: Ótimo!Meu peito se apertou e eu engoli o choro, ele estava interessado nos meus bens.
Luan: Quando será a audiência?
Maurício: Daqui a duas semanas mais ou menos, eu te informo se houver mudanças!Luan assentiu.
Luan: E quanto aos papéis pra uma nova internação?
Maurício: Prontos! -tirou da maleta alguns papéis e entregou a ele- Alessandra está em suas mãos Luan, assim que ela tiver o bebê você já pode mandar ela pra lá!
Luan: Ok, era só isso que eu precisava saber. Obrigado Maurício!Eles se levantaram e se cumprimentaram, eu voltei rapidamente pro quarto e soltei o choro que estava entalado na minha garganta. Como eu sou idiota, ele só veio carinhoso ontem pra me convencer a passar tudo pra ele! Desgraçado!
Mais isso não vai ficar assim, enquanto ele está indo eu estou voltando. Ele não vai conseguir tirar o que é meu, não vai.
...
Apesar de muito magoada, eu cessei o choro e desci pra tomar café, aproveitando que John já tinha saído da cozinha. Natália estava na mesa e Luan encostado no balcão tomando seu café, ele abriu um sorriso ao me ver, vagabundo.
Luan: Bom dia!
Alessandra: Bom dia
Natália: Bom dia Alessandra.Não respondi e fiz o meu café, após comer tudo o que tinha a direito eu fui pra sala e me sentei em um dos sofás, essa vida de ficar enfiada dentro de casa não tá dando certo.
Luan: Como é que está o meu filhote? -beijou minha barriga, dessa vez o bebê ficou quietinho-
Alessandra: Ele costuma mexer a noite.
Luan: Morcego igual a mãe -brincou mas eu fiquei séria- Aconteceu alguma coisa?Neguei.
Alessandra: Porquê a pergunta?
Luan: Está estranha.
Alessandra: Mal estar -menti-
Luan: Entendi.Ele veio pra me beijar e eu virei o rosto, foi inevitável, droga Alessandra. Ele franziu o cenho com cara de interrogação.
Alessandra: Desculpa, é que a Natália está ali na cozinha.
Luan: E o que tem haver?
Alessandra: O que ninguém sabe ninguém estraga -sorri forçado-Ele riu negando e me deu um selinho demorado.
Luan: Quer ir comigo comprar as coisas pro enxoval?
Pensei, repensei...
Alessandra: Claro, porquê não?
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Warrior | L.S
Ficção Geral"Nem sempre eu fui assim, fria, calculista, sem sentimentos, sem felicidade. Na verdade eu já fui uma menina feliz, amorosa, mas deixei de ser quando tiraram tudo que eu tinha: A minha família, a minha inocência. Dizem que o pouco faz muita gente fe...