CAPÍTULO 150

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ALESSANDRA...

Pela manhã quando eu acordei ele já não estava mais no quarto. Suspirei e tomei um banho demorado, me vestindo com um conjunto de moletom pra superar o frio que fazia em Londres! Reparei que Luan havia deixado a porta aberta, abri a mesma e desci as escadas devagar, mas parei ao ouvir uma voz que eu conhecia mas não lembrava de onde, me abaixei um pouco na escada e vi Maurício, o advogado de John.

Luan: Então eu vou conseguir tomar a boate sem nenhum problema?
Maurício: Nenhum. É um direito seu e do seu filho.
Natália: Mas a boate é ilegal, certeza que isso vai dar certo?
Maurício: Claro que vai, ninguém precisa saber se o Luan vai usar pra fazer outro estabelecimento ou continua com a mesma.
John: E se argumentarem eu tenho como forjar a audiência, os juízes são meus amigos esqueceu? -riu com deboche-
Luan: Certo. E quanto a casa, os carros e afins?
Maurício: Está tudo no pacote, o que é dela passa pro filho, e já que você vai criar sozinho por enquanto tudo é seu!
Luan: Ótimo!

Meu peito se apertou e eu engoli o choro, ele estava interessado nos meus bens.

Luan: Quando será a audiência?
Maurício: Daqui a duas semanas mais ou menos, eu te informo se houver mudanças!

Luan assentiu.

Luan: E quanto aos papéis pra uma nova internação?
Maurício: Prontos! -tirou da maleta alguns papéis e entregou a ele- Alessandra está em suas mãos Luan, assim que ela tiver o bebê você já pode mandar ela pra lá!
Luan: Ok, era só isso que eu precisava saber. Obrigado Maurício!

Eles se levantaram e se cumprimentaram, eu voltei rapidamente pro quarto e soltei o choro que estava entalado na minha garganta. Como eu sou idiota, ele só veio carinhoso ontem pra me convencer a passar tudo pra ele! Desgraçado!

Mais isso não vai ficar assim, enquanto ele está indo eu estou voltando. Ele não vai conseguir tirar o que é meu, não vai.

...

Apesar de muito magoada, eu cessei o choro e desci pra tomar café, aproveitando que John já tinha saído da cozinha. Natália estava na mesa e Luan encostado no balcão tomando seu café, ele abriu um sorriso ao me ver, vagabundo.

Luan: Bom dia!
Alessandra: Bom dia
Natália: Bom dia Alessandra.

Não respondi e fiz o meu café, após comer tudo o que tinha a direito eu fui pra sala e me sentei em um dos sofás, essa vida de ficar enfiada dentro de casa não tá dando certo.

Luan: Como é que está o meu filhote? -beijou minha barriga, dessa vez o bebê ficou quietinho-
Alessandra: Ele costuma mexer a noite.
Luan: Morcego igual a mãe -brincou mas eu fiquei séria- Aconteceu alguma coisa?

Neguei.

Alessandra: Porquê a pergunta?
Luan: Está estranha.
Alessandra: Mal estar -menti-
Luan: Entendi.

Ele veio pra me beijar e eu virei o rosto, foi inevitável, droga Alessandra.  Ele franziu o cenho com cara de interrogação.

Alessandra: Desculpa, é que a Natália está ali na cozinha.
Luan: E o que tem haver?
Alessandra: O que ninguém sabe ninguém estraga -sorri forçado-

Ele riu negando e me deu um selinho demorado.

Luan: Quer ir comigo comprar as coisas pro enxoval?

Pensei, repensei...

Alessandra: Claro, porquê não?

Warrior | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora