John: Natália?
Aproveitei o momento de distração dele saí debaixo do mesmo, Natália o olhava incrédula.
Natália: Pai...o que você...eu...-ela dizia perdida-
John: Não é nada do que você está pensando!
Natália: Como não pai? -disse com os olhos marejados- De novo isso?! Era verdade o que ela disse no tribunal?!
John: Filha eu...Eu corri do quarto desesperada, com medo. Fui pra cozinha e tornei a chorar me lembrando de suas mãos em mim, os flashes de agora e de 10 anos atrás tornaram a passar pela minha cabeça. Apertei os olhos e gritei, eu sentia um nojo de mim mesma que era incapaz de descrever.
Ouvi os gritos deles lá em cima e me encolhi, chorando feito criança.
Cada minuto que se passava eu me martirizava cada vez mais por ter deixado isso acontecer, eu me lembrava da Juliana e me sentia um lixo. Eu não gostava de ser a Juliana. Eu não queria ser a Juliana.
Encarei a minha barriga e comecei a chorar mais, eu não estava feliz, eu não quero ter esse bebê, eu sou egoísta demais pra deixar ele ser criado com outra mulher que não seja eu. Eu não queria ver o Luan partir.
Me levantei, ainda chorando e comecei a procurar remédios, eu não vou ter esse bebê, eu não posso ter esse bebê! Achei um potinho com vários remédios, peguei 5 e virei com alguns copos de água, desceu queimando.
Eu não podia ter esse bebê depois do que aconteceu, se o Luan quer ter um filho que seja com outra mulher, comigo não!
LUAN...
Estacionei em frente a casa e desliguei o carro, havia acabado de acertar algumas coisas pra montarem o quarto do meu meninão o quanto antes na minha casa na Califórnia, minha mãe também está acertando tudo por lá. Mas como não posso viajar assim que ele nascer, preciso continuar alguns dias aqui, tenho que providenciar o básico pra ele, sem contar no enxoval, as roupinhas, minha mãe já está adorando a idéia, e eu então nem se fala. Sinto que meu meninão vai chegar pra fazer a alegria na minha vida, meu peito se enche de paz só em pensar nele, estou tão ansioso pra ele chegar!
Entrei em casa doido pra contar as novidades pro meu pai, mas para a minha surpresa quando cheguei só ouvi gritos vindo do andar de cima. Fui pra cozinha e gelei ao ver Alessandra caída no chão, sangrando, com o rosto vermelho.
Luan: Não, não, não! -me abaixei perto dela e segurei seu corpo- Acorda Alê, por favor! -meus olhos marejaram-
Os gritos vindo lá de cima cessaram e Natália apareceu chorando, e John falando algo atrás dela.
Natália: O que aconteceu? -fungou-
Luan: O que era mais importante que o meu filho?! -grunhi irritado- o que aconteceu aqui?!
Natália: É..eu...-olhou John- eu não sei.Neguei com a cabeça e peguei a mesma nos braços.
Luan: Faz algo de útil e traz uma roupa pra ela antes que eu perca a cabeça com vocês dois!
Fui rapidamente pro carro e logo Natália chegou com uma calça pra Alê, vesti a mesma e dei partida pro hospital, desesperado, se acontecesse algo com a minha Alê ou com o meu pequeno eu nunca iria me perdoar!
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Warrior | L.S
Ficción General"Nem sempre eu fui assim, fria, calculista, sem sentimentos, sem felicidade. Na verdade eu já fui uma menina feliz, amorosa, mas deixei de ser quando tiraram tudo que eu tinha: A minha família, a minha inocência. Dizem que o pouco faz muita gente fe...