CAPÍTULO 155

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Liguei imediatamente pro Dr.Mason e quase implorei pra ele vir aqui, estava nervoso, agitado. Coloquei ela na cama e segurei um pano em cima do corte, até que ele chegou.

Fez as devidas verificações, um curativo no corte e me listou alguns remédios caso se agravasse. Tive que mentir dizendo que ela tropeçou no tapete e caiu.

Dr.Mason: Em relação ao bebê, infelizmente não poderei te dizer, essa não é a minha área. Mas te aconselho ir o mais rápido possível na obstetra, creio eu que está tudo bem, mas o ideal é verificar!
Luan: Certo doutor, muito obrigado.
Dr.Mason: Por nada Santana. -se levantou com sua maleta, antes de sair me olhou sério- Tome mais cuidado da próxima vez, qualquer tipo de agressão contra mulher é crime, sem contar que é o teu filho que está aí dentro, e não um brinquedo! Tenha uma boa tarde! -saiu.

Fiquei estático, doutorzinho desaforado!

ALESSANDRA...

Filho da puta!

Minha cabeça estava explodindo, pisquei diversas vezes antes de me recompor e criar forças pra levantar da cama. Passei a mão na cabeça e ao olhar no espelho percebi o curativo.

Respirei fundo sem acreditar no que ele havia feito.

Desci pra tomar uma água e vi Natália me olhar torto.

Alessandra: Quer apanhar de novo?!

Ela bufou e foi pra sala.

Enchi o copo com água e virei de uma vez, sede insuportável.

Me peguei alisando a barriga e arregalei os olhos, será que o bebê está bem?

Dayana: Ele está bem.

Dei um pulo de susto e a olhei.

Dayana: Enquanto você dormia ele chamou a obstetra, está tudo bem com o bebê.
Alessandra: Ah, que bom -fiz pouco caso-
Dayana: Você se preocupou com ele, é um começo -sorriu-
Alessandra: Eu não me preocupei, foi por instinto, não viaja.

Ela suspirou.

Dayana: Fiquei surpresa com a sua atitude hoje, eu não esperava que você tivesse virado isso.
Alessandra: Isso o que Dayana? Achou que eu sempre ia ser a coitada né?
Dayana: Não, eu só sinto falta da Juliana.
Alessandra: Eu gosto bem mais da Alessandra.
Dayana: Eu não sei o que aconteceu com você! -disse com desdém-
Alessandra: Eu cresci, amadureci e o melhor: eu não precisei nem de você e nem do Fernando pra isso.
Dayana: Ele é o seu pai!
Alessandra: Não, o meu pai está morto, assim como a minha mãe.
Dayana: Não fala assim Juliana!
Alessandra: Meu nome é Alessandra. A Juliana também morreu.

Abri a porta e sai de lá, não estava com cabeça pra aturar gente tóxica.

Parei numa praça e me sentei em um dos bancos, do outro lado havia um grupo de amigos dando altas gargalhadas. Me lembrei de quando eu tinha amigos também.

Enquanto eu estava no bom, esbanjando dinheiro, fazendo festas e mais festas, todos estavam ao meu lado. Agora que eu preciso, cadê Raffaela? Gustavo? Ney? Phil? Thiago? Sumiram.

Meus pensamentos foram longe e me lembrei do que Taison falou, ainda quando eu iniciava nessa vida.

"Nossos melhores amigos somos nós mesmos."

E realmente, se não fosse eu agora quem iria me ajudar?

Sei que tenho pessoas que realmente se importam comigo, mas os que eu esperava não. Se até o Luan se voltou contra mim, eu iria esperar mais o que?

Tô enfrentando essa merda toda sozinha, e vou até o fim.

Custe o que custar.

Warrior | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora