Ney: Alessandra? -bateu na porta-
Juliana: Entra
Ney: Tem um rapaz querendo falar com você -disse seco, odiava brigar com ele-
Juliana: Ney eu..
Ney: Mando entrar ou dispenso?
Juliana: Porra! -grunhi irritada- olha, você sabe que eu odeio brigar com você
Ney: Então não faça por onde, Alessandra, eu também tenho dias ruins e nem por isso saio descontando minha raiva nos outros
Juliana: Eu não sou de fazer isso e você sabe que eu não...
Ney: Porque você tem tanta dificuldade em assumir seus erros? Não sabe dizer um simples "desculpa"?! -ralhou-
Juliana: Eu..merda! Some daqui!
Ney: -respirou fundo e negou- o que faço com o marmanjo?
Juliana: Manda ir a puta que pariu, não tô afim de receber ninguém hoje
Ney: Estamos precisando de mais homens aqui, acho que ele veio trabalhar, vai te matar ver quem é?
Juliana: Inferno! Manda entrar!Ele saiu e minutos depois ouvi o barulho da porta fechando novamente, não dei atenção
Xxxx: Hi, my name is Luan, I came looking for work (Olá, meu nome é Luan, vim a procura de trabalho)
A voz grave ecoou pelo meu escritório com um inglês arrastado, ergui a cabeça e encarei o rapaz a minha frente, branquinho, cabelos bagunçados em um topete mal feito, barba falhada, uma camisa preta sem estampa alguma e uma boquinha desgraçada de linda. O vi arquear a sobrancelha enquanto aguardava uma resposta de minha parte.
Juliana: Your English is horrible (O seu inglês é horrível)
Indaguei indo até o lixo e jogando meu chiclete já sem gosto ali e colocando outro na boca, era sempre assim, quando não era o cigarro e o whisky eram os doces.
Luan: Você fala português? -perguntou curioso-
Juliana: Não é porque moro em Londres que falo inglês. Sou Alessandra Salvatore, a dona daqui
Luan: A cafetina de Londres, como não conhecer?
Juliana: Já que me conhece deve saber que minha paciência é curtíssima, não estou pra brincadeiras e se você está, sinto muito mas dê meia volta e suma do meu campo de visão, lugar de palhaço é no circo -fui grossa e ele riu, desaforado-
Luan: Calma aí gatinha -ergueu as mãos como rendimento- Estou a procura de trabalho, e modéstia parte, sabe que comigo você vai lucrar muito mais -disse convencido-
Juliana: Sua convicção me encanta. Preciso dos seus dados
Luan: Querida, isso é uma casa de prostituição e pra me contratar requer dados?
Juliana: Querido, essa aqui não é uma casa de prostituição qualquer, é a MINHA casa de prostituição e não um puteiro de esquina!Ele riu baixinho e tirou os documentos dele da carteira e jogou pra perto de mim
Luan: Quer um currículo também?!
Juliana: Se possível -ironizei-E não é o vagabundo jogou o papel na mesa também?
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Warrior | L.S
قصص عامة"Nem sempre eu fui assim, fria, calculista, sem sentimentos, sem felicidade. Na verdade eu já fui uma menina feliz, amorosa, mas deixei de ser quando tiraram tudo que eu tinha: A minha família, a minha inocência. Dizem que o pouco faz muita gente fe...