CAPÍTULO 57

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LORENA...

Eu sentia muito medo do que estava por vir, e pior, eu sabia que não ia ter como me defender.

Dizem pra não deixarmos pra amanhã o que podemos fazer hoje, porque amanhã pode ser tarde demais, e agora eu reconheço isso, não dá mais tempo de se reconciliar com a minha irmã, nem dizer que amo muito ela e agradecer tudo o que fez por mim. Também não dá tempo de dizer o que sinto pro Luan, porque agora estou prestes a morrer nas mãos do asqueroso que eu conheci a meses atrás.

Ian: Oi amor! -sorriu cínico- trouxe um lanchinho pra você

Ele caminhou até mim com uma bandeja nas mãos

Lorena: Eu não quero
Ian: Certeza?
Lorena: Prefiro morrer do que aceitar algo vindo de você
Ian: Gatinha, meu desejo é que você morra mesmo, mas antes temos que acertar umas contas. Come, vai ser melhor pra você
Lorena: Eu não vou comer, INFERNO! -joguei a bandeja no chão-

Me arrependi ao ver seu olhar furioso em cima de mim, seu capanga me puxou de imediato e eu saí me debatendo em seus braços, até que ele me levou em uma barra de ferro e prendeu meus braços lá, Ian chegou vermelho de raiva e deu um tiro pro alto, o que me fez estremecer. Em seguida ele grudou o cano da arma no meu pescoço, me fazendo gritar de dor e queimar minha pele

Ian: O QUE VOCÊ PENSA QUE É? -gritou- ACHA QUE ESTÁ DE FÉRIAS VAGABUNDA? HEIN?

Ele acertou um soco em meu rosto, meu nariz começou a sangrar

Ian: VOCÊ SABE MUITO BEM PORQUE ESTÁ AQUI! VOCÊ MATOU O MEU PAI, ESQUECEU?
Lorena: EU ME DEFENDI!
Ian: CALA A BOCA! -puxou meus cabelos, as lágrimas já desciam quentes pelo meu rosto- Você tirou de mim uma das pessoas que mais me amou nessa vida, o meu pai!
Lorena: Ele não era seu pai!
Ian: ERA E É! Eu queria que você sentisse a dor que eu senti quando vi ele jogado naquele chão, se fosse o seu pai...
Lorena: MEU PAI JÁ MORREU IAN! E TAMBÉM FOI ASSASSINADO! EU SENTI TUDO O QUE VOCÊ TÁ SENTINDO! -gritei chorando- A DIFERENÇA É QUE O MEU PAI NÃO ERA PODRE IGUAL AO SEU!

Outro soco foi transferido em meu rosto, em seguida outro e outro, ele começou a me bater e eu não podia fazer nada pra me defender. Eu sentia uma dor insuportável, já estava cuspindo sangue quando ouvi vários disparos de tiro e Ian gritando de dor no chão e segurando a perna, seus capangas jogados no chão e sangrando.

Warrior | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora