CAPÍTULO 168

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ALESSANDRA...

Eu nunca imaginei que seria capaz de sentir um amor tão grande assim. Um amor enorme, puro e sincero, só amar e mais nada.

Meu coração está transbordando de amor e gratidão por esse menininho, é inexplicável já que a uns meses atrás eu não o aceitava de maneira alguma, e agora estou igual uma idiota admirando ele dormir, tentando desvendar com quem se parece cada partezinha dele.

Luan deu o nome de José Arthur, e sinceramente? Eu amei! Não é um nome tão comum assim pra bebês, mas eu achei fofo, já não sei ver ele com outro nome.

Eu não sei o que me deu, mas parece que eu nem acabei de ter um filho num parto de risco, eu podia ter morrido e agora estou aqui babando no meu principezinho.

Luan: Oi mamãe! -abriu a porta e entrou com uma bandeja com algumas comidas- Trouxe seu jantar, nem comeu depois que esse meninão nasceu!

Ele deixou a bendeja ao meu lado e sorriu ao ver nossa cópia dormindo tranquilamente no bercinho do hospital que estava ao lado da minha cama.

Alessandra: Acho que a coisa que menos me importa agora sou eu! -ri- ninguém me avisou que quando a gente vira mãe viramos babacas também, tô babando nesse menino desde cedo!
Luan: "Mãe" é? -me olhou intimidador-
Alessandra: Se eu tenho um filho automaticamente eu sou uma mãe, não sou? -perguntei inocente e ele riu-
Luan: Minha admiração por você aumentou ainda mais.
Alessandra: E tinha alguma?
Luan: Sempre teve. Você foi forte Alessandra, poderia ter morrido..
Alessandra: Você não vai se livrar de mim nem tão cedo! -brinquei-
Luan: A namorada do seu pai me contou que você tinha escolhido salvar o Zé.

Eu torci a boca e assenti.

Luan: A uns meses você tentou mata-lo, lembra disso? Quanta coisa mudou! -riu pelo nariz-
Alessandra: Eu aprendi que quando nasce um filho, Luan, nasce uma nova mulher. Eu já não penso mais como antes, nosso filho não tem culpa dos nossos erros.
Luan: É bom saber disso! -ele se aproximou e sentou na pontinha da cama, acariciando meu rosto- obrigado por ter me dado a maior riqueza da minha vida.
Alessandra: Eu que agradeço.

Ele sorriu e aproximou seu rosto, o meu coração bobo disparou achando que ele ia me beijar...e ele beijou, mas foi a testa.

Logo um chorinho agudo ecoou, José havia acordado.

Luan: Eita que desespero papai! -riu e pegou o mesmo, o balançando, mas o choro não cessava- acho que ele quer mamar.
Alessandra: Você acha? -ri irônica- ele tá sugando meus peitos desde que chegou!

Ele gargalhou e me entregou o bebê, o arrumei direitinho e logo ele começou a sugar meus peitos, fiz uma careta sentindo o incômodo.

Luan: Ele mama daí e você se alimenta daqui! -ele se aproximou com o prato de comida nas mãos- Abre a boca!
Alessandra: Ah não Luan, sério?! -ri-
Luan: Sim, abre a boca mulher!

Pois é, ele me deu comida enquanto o Zé sugava meu peito como se não houvesse amanhã. Era constrangedor, mas era o jeito.

Depois que eu acabei de comer e o Zé parou de mamar, ele ficou acordadinho por um tempo e logo dormiu de novo. Luan se ajeitou na poltrona e a cada vez que piscavamos nosso menino abria o berreiro, as vezes parecia que ele sentia que estávamos caindo no sono.

Minha noite foi assim, dar de mamar pro Zé, cochilar, dar de mamar de novo, trocar fralda, dar de mamar, cochilar, acordar no susto com o choro do Zé, Luan desesperado balançando o mesmo de um lado pro outro, até que por fim a criança resolveu dar sossego. A gente só não sabia que ele ia acordar depois de 10 minutos, só podia ser brincadeira!

Warrior | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora