Fernando: Eu vi o sofrimento da minha filha nas mãos de John, meus filhos sofrendo com a ausência de um pai e a Dayana não se importava, o que ela queria saber era do dinheiro. Só o dinheiro pra ela bastava. Eu nunca fui um cara cheio da grana, mas conseguia me manter na medida do possível, mas pra ela não era o suficiente. Eu sempre dava um jeito de ver os mesmos, principalmente na adolescência, ela dava uma desculpa a ele e eu a levava pra casa, passavamos o dia juntos e depois ela voltava pra aquele inferno.
Maurício: Disse que tem o mesmo carinho pelos 3 filhos, porque só levava Juliana?
Fernando: Rebecca apesar de ter a mesma idade que Juliana, minha menina sempre foi mais inocente, eu sabia que ela iria dar na cara que estávamos nos vendo e Edgar, por ser o mais velho, estudava muito, sempre respeitou muito a mãe apesar de tudo, e ele sempre foi o mais responsável, jamais iria querer por as irmãs ou se por em risco. Mas certo dia Rebecca descobriu e passamos a nos ver também.
Maurício: E acha correto fazer as filhas mentirem para o próprio pai pra te ver?!
Fernando: O pai delas sou eu! Eu era um pai desesperado, querendo saber dos meus filhos, os proteger!
Maurício: Que bela forma de os proteger!
Fernando: Eu não vou discutir a sua opinião aqui no tribunal, ela pouco me importa.
Chris: Permita que Fernando continue Maurício, guarde as opiniões para depois.
Maurício: Ok. E sobre os problemas com álcool, está curado?Eu olhei indignado para o mesmo e pensei duas vezes antes de fazer uma besteira.
Fernando: Eu nunca tive problemas com álcool. Eu nunca coloquei uma gota dele na boca!
Maurício: Está querendo dizer que meu cliente está mentindo?
Fernando: Ele mentiu em todo o depoimento! Eu nunca fui um viciado porque eu nunca bebi!
Maurício: -riu irônico- quer me dizer que...
Chris: Sr.Juiz, o advogado Maurício está atrapalhando o testemunho de Fernando com questões vagas e sem provas.
Juiz: Silêncio por favor, Maurício. Continue o testemunho, Ferrari.
Fernando: Bom...certo dia John descobriu os nossos encontros, não sei como mas descobriu. Eu trabalhava em um supermercado pequeno da região. Ele mandou um dos capangas ir até lá e me matar.As pessoas se olharam assustadas.
Fernando: E o capanga não era ninguém mais e ninguém menos que Luan Santana.
Chris: Este Luan Santana? -olhou pra Luan e eu assenti, Luan me olhou sem reação-
Fernando: Mas ele não me matou, muito pelo contrário. Salvou a minha vida.
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Warrior | L.S
General Fiction"Nem sempre eu fui assim, fria, calculista, sem sentimentos, sem felicidade. Na verdade eu já fui uma menina feliz, amorosa, mas deixei de ser quando tiraram tudo que eu tinha: A minha família, a minha inocência. Dizem que o pouco faz muita gente fe...