Ele se levantou e foi até o local da testemunha, se sentou e olhou pra Christopher.
Stefan: Eu conheci a Juliana ainda no Brasil -iniciou- na época estávamos na faculdade, ela cursando direito e eu cursando medicina.
Maurício: Fato curioso, não sabíamos que havia feito faculdade -me olhou irônico-
Alessandra: Não fiz, apenas estava perseguindo um cara que estava enchendo o meu saco, acabei com a raça dele antes de sair do Brasil.
Maurício: Está confessando um crime?!
Alessandra: O que é esse em comparação aos muitos dos que vocês sabem, não é mesmo? -ergui uma sobrancelha-Christopher me repreendeu com o olhar.
Stefan: Crime ou não, conheci ela lá. Juliana era muito diferente das meninas que estudavam por lá...era mais largada, mais na dela, até que certo dia nos esbarramos, desde aí começamos a conversar sobre nossos cursos, profissões e afins. Mas isso se aprofundou, viramos amigos e logo namorados.
Eu me lembrava desse dia como se fosse ontem. Eu entrei na faculdade a mando de Taison apenas para dar um golpe num inimigo dele, eu era uma espécie de aprendiz, até que Stefan entrou na minha vida, me apaixonei por ela e dei uma de "boa moça". Não durei nem 3 meses na faculdade, foram 3 meses agitados.
Maurício: E você sabia o que ela fazia? -ele negou- o que ela te disse sobre?
Stefan: Que era apaixonada por direito, morava com os pais, que eles eram rígidos com ela e essas coisas.Eu tive que mentir pra conquistar o gatinho. Como iria dizer "Ah eu sou aprendiz de um mafioso e tô atrás de um cara afim de o matar."
Inventei que morava com os pais e eles eram rígidos, mas morava num apartamento minúsculo que Taison pagava pra mim e para os meus irmãos.
E eu nunca gostei de direito, sempre quis cursar medicina.Maurício: Seu nome era?
Stefan: Juliana Ferrari. Na época ela ainda não usava nome falso.
Maurício: Certo. Você, Juliana, usa o sobrenome do seu ex namorado como o seu sobrenome falso, porquê?
Alessandra: Salvatore é um nome bonito, não acha?Ele riu pelo nariz e voltou a atenção para Stefan.
Stefan: Depois de alguns meses de namoro, muito intensos por sinal, eu acabei encontrando ela com o seu "chefe", ela me traía com ele. Mas não era qualquer chefe, era um mafioso, foi através disso tudo que eu descobri quem era ela e o que ela fazia.
Maurício: Quem era o cara?
Stefan: Eu não sei seu nome, mas todos diziam que ele era muito perigoso.Outra mentira. Ele lembrava do Taison e nesse exato momento Taison está com o sorriso mais debochado do mundo o encarando. Ele só não queria que prendessem Taison também, já temos muito drama por aqui.
Maurício: Certo. Juliana apresentava que hábitos com você? Como ela agia? Como ela era?
Stefan: Hábitos normais, como qualquer outra namorada faria. Ela era uma menina engraçada, espontânea..
Maurício: Os surtos eram frequentes?
Stefan: -riu debochado- Ela nunca teve nenhum surto. Era a pesssoa mais lúcida que eu conheço. Apresentava uma personalidade forte como essa que eu vejo hoje. Porque ela é uma mulher forte, guerreira, sempre foi, tudo isso foi apenas para cuidar dos seuz irmãos que são as únicas pessoas que ela tem na vida, já que a mãe é uma imprestável que se casou com um velho idiota apenas por dinheiro. Ela só tinha 13 anos, perdeu toda a infância e adolescência por causa de John e Dayana, e francamente...é uma calúnia vocês acusarem Juliana dessa forma, as pessoas que deveriam estar como réu eu sei quem são, e elas estão aqui e são as responsáveis por tudo isso.Maurício olhou surpreso pra ele.
Stefan: Eu não tenho mais nada a declarar Sr.Juiz, mas peço que analisem os fatos, comparem as histórias e verao quem é o verdadeiro vilão disso tudo! Juliana não merece estar aqui!
Ele se levantou e voltou a cadeira aonde estava sentado. Engoli seco e o olhei, balbuciei um "obrigada" sem som, ele retribuiu com um sorriso e um olhar confiante.
Juiz: Bom...chamarei a próxima e última testemunha. Autorizem Fernando Ferrari.
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Warrior | L.S
General Fiction"Nem sempre eu fui assim, fria, calculista, sem sentimentos, sem felicidade. Na verdade eu já fui uma menina feliz, amorosa, mas deixei de ser quando tiraram tudo que eu tinha: A minha família, a minha inocência. Dizem que o pouco faz muita gente fe...