CAPÍTULO 95

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ALESSANDRA...

Abri os olhos um tanto quanto atordoada. Minha cabeça latejava, meu corpo estava mole e eu sentia uma dor insuportável no ombro, um pouco mais perto do peito. Levantei a camisola devagar e vi um curativo enorme. As lembranças vieram a tona: quando iria atirar no Luan, um homem atirou em mim e vi muitos policiais. Minha arma disparou, mas ao invés de pegar no Luan, pegou na parede.

Olhei em volta e estava em um hospital, uma agulha no meu braço, um quarto branco, horrível. Através do vidro eu vi um policial de costas...me pegaram, eu estava muito fodida. Meus olhos marejaram e eu tentei não chorar, minha vida acabou.

A porta se abriu e uma médica entrou e sorriu ao me ver. Seu nome era Margareth, pude ver através do crachá.

Margareth: Olá bela adormecida, resolveu acordar?
Alessandra: O que vocês fizeram comigo? -disse rouca-
Margareth: Tiramos a bala que estava alojada em seu ombro, você quase morreu. Uma pena que não tenha acontecido -sorriu cínica-
Alessandra: -ri pelo nariz- sabe com quem está falando?
Margareth: Sei muito bem, e também sei que você vai apodrecer na cadeia quando sair daqui -começou a mexer no soro- eu poderia enfiar essa agulha na sua garganta
Alessandra: Arrisque.
Margareth: Não. Ainda quero ver você atrás das grades com as mesmas pessoas da sua laia!
Alessandra: Você é o que? Doutora ou carcereira?
Margareth: Uma doutora que quer ver muito a sua derrota
Alessandra: Entra na fila querida
Margareth: Sabe...meu marido me traiu com uma das tuas putas
Alessandra: Hum...certo ele. Ao menos as minhas putas não são um porre quanto você. Deveria ser difícil te aguentar
Margareth: Mesmo destruída não perde a pose, não é Salvatore?
Alessandra: Jamais!

Ela bufou irritada e eu sorri fraco.

Margareth: Edgar é o seu irmão?
Alessandra: É.
Margareth: Pobre dele, um rapaz tão educado, bonito e gentil tendo parentesco com uma pessoa tão fútil, hipócrita e irritante! -disse cínica- ele está aí fora, doido pra te ver. Vou chama-lo, mas por respeito a ele, não por você!

Ela saiu e eu revirei os olhos, em seguida Edgar e Lorena entraram no quarto, Edgar com um o rosto vermelho pelo choro.

Edgar: Minha irmã! -disse com voz embargada-

Ele pegou a minha mão e beijou o dorso da mesma, já que eu ao menos poderia levantar para dar um abraço no mesmo.

Alessandra: Calma, eu tô bem! -o tranquilizei-
Lorena: Eu achei que você...
Alessandra: Ainda não chegou a minha hora -brinquei-
Edgar: Como pode fazer piada numa hora dessas Juliana? Você quase morreu!
Alessandra: Pra ser sincera, eu preferia ter morrido. Mas já que estou aqui, prestes a ser condenada a ficar presa numa cela pelo resto da minha vida, preciso manter a calma e o meu melhor humor
Lorena: Não fala isso nem de brincadeira menina!
Edgar: Eu não vou deixar te levarem!
Alessandra: Consequências dos meus atos Edgar

Ele negou com cara de choro

Alessandra: Meu irmão...eu entrei nsssa vida sabendo que a única saída era a morte ou a prisão. Pela morte eu desviei, mas a prisão não!

Warrior | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora