ALESSANDRA...
Abri os olhos um tanto quanto atordoada. Minha cabeça latejava, meu corpo estava mole e eu sentia uma dor insuportável no ombro, um pouco mais perto do peito. Levantei a camisola devagar e vi um curativo enorme. As lembranças vieram a tona: quando iria atirar no Luan, um homem atirou em mim e vi muitos policiais. Minha arma disparou, mas ao invés de pegar no Luan, pegou na parede.
Olhei em volta e estava em um hospital, uma agulha no meu braço, um quarto branco, horrível. Através do vidro eu vi um policial de costas...me pegaram, eu estava muito fodida. Meus olhos marejaram e eu tentei não chorar, minha vida acabou.
A porta se abriu e uma médica entrou e sorriu ao me ver. Seu nome era Margareth, pude ver através do crachá.
Margareth: Olá bela adormecida, resolveu acordar?
Alessandra: O que vocês fizeram comigo? -disse rouca-
Margareth: Tiramos a bala que estava alojada em seu ombro, você quase morreu. Uma pena que não tenha acontecido -sorriu cínica-
Alessandra: -ri pelo nariz- sabe com quem está falando?
Margareth: Sei muito bem, e também sei que você vai apodrecer na cadeia quando sair daqui -começou a mexer no soro- eu poderia enfiar essa agulha na sua garganta
Alessandra: Arrisque.
Margareth: Não. Ainda quero ver você atrás das grades com as mesmas pessoas da sua laia!
Alessandra: Você é o que? Doutora ou carcereira?
Margareth: Uma doutora que quer ver muito a sua derrota
Alessandra: Entra na fila querida
Margareth: Sabe...meu marido me traiu com uma das tuas putas
Alessandra: Hum...certo ele. Ao menos as minhas putas não são um porre quanto você. Deveria ser difícil te aguentar
Margareth: Mesmo destruída não perde a pose, não é Salvatore?
Alessandra: Jamais!Ela bufou irritada e eu sorri fraco.
Margareth: Edgar é o seu irmão?
Alessandra: É.
Margareth: Pobre dele, um rapaz tão educado, bonito e gentil tendo parentesco com uma pessoa tão fútil, hipócrita e irritante! -disse cínica- ele está aí fora, doido pra te ver. Vou chama-lo, mas por respeito a ele, não por você!Ela saiu e eu revirei os olhos, em seguida Edgar e Lorena entraram no quarto, Edgar com um o rosto vermelho pelo choro.
Edgar: Minha irmã! -disse com voz embargada-
Ele pegou a minha mão e beijou o dorso da mesma, já que eu ao menos poderia levantar para dar um abraço no mesmo.
Alessandra: Calma, eu tô bem! -o tranquilizei-
Lorena: Eu achei que você...
Alessandra: Ainda não chegou a minha hora -brinquei-
Edgar: Como pode fazer piada numa hora dessas Juliana? Você quase morreu!
Alessandra: Pra ser sincera, eu preferia ter morrido. Mas já que estou aqui, prestes a ser condenada a ficar presa numa cela pelo resto da minha vida, preciso manter a calma e o meu melhor humor
Lorena: Não fala isso nem de brincadeira menina!
Edgar: Eu não vou deixar te levarem!
Alessandra: Consequências dos meus atos EdgarEle negou com cara de choro
Alessandra: Meu irmão...eu entrei nsssa vida sabendo que a única saída era a morte ou a prisão. Pela morte eu desviei, mas a prisão não!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Warrior | L.S
General Fiction"Nem sempre eu fui assim, fria, calculista, sem sentimentos, sem felicidade. Na verdade eu já fui uma menina feliz, amorosa, mas deixei de ser quando tiraram tudo que eu tinha: A minha família, a minha inocência. Dizem que o pouco faz muita gente fe...