ALESSANDRA...
Ele sorriu cínico pra mim e acenou. Eu senti medo, angústia, eu lembrei tudo o que ele me fez e senti meu corpo estremecer. Ao lado dele estava Dayana, do outro uma garota, provavelmente Nathalia, e do outro Ian que me olhava sorrindo de canto. O policial impulsionou que eu andasse e eu me sentei na cadeira do réu, praticamente em frente a onde Stefan estava sentado, ele sorriu largo ao me ver, eu retribui o sorriso ainda nervosa.
Juiz: Temos aqui o advogado Christopher Evans, da Srta.Ferrari e o advogado Maurício Pontes, de John Carter.
John Carter, ele quem iria me colocar na prisão. Eu não acredito que ele chamou John pra me condenar, ele passou o meu caso pro John como se ele fosse a vítima, eu só me pergunto qual mentira ele inventou pra isso tudo. Olhei pra Luan decepcionada, ele me olhou frio, usava um terno de marca
Juiz: Podem começar a audiência.
Maurício: Senhor Juiz, eu queria lhe pedir que permitisse que o meu cliente conte a trajetória dele com a Srta.Ferrari, assim podemos confirmar tudo o que aconteceu e dar continuidade a audiência.
Juiz: Aceito, comece Sr.Carter.John se levantou da cadeira onde estava e sentou do outro lado, de frente pra todo mundo. Me encarou e voltou a olhar para frente.
John: Tudo comecou quando me envolvi com Dayana, a mãe de Rebecca, Juliana e Edgar. Na época ela ainda não era casada com o falecido Fernando Ferrari, que Deus o tenha. -eu neguei com a cabeça, como ele pode ser tão cínico- ela também não tinha nenhum filho. Terminamos o caso que tínhamos, mas ela descobriu que estava grávida, então nasceu Nathalia Carter, minha filha -sorriu para mesma que retribuiu- algum tempo depois que Nathalia nasceu, Dayana conheceu Fernando, e infelizmente o homem era pobre, não teria condições de criar a minha filha, ele tinha problemas com álcool e então eu preferi criar Nathalia sozinho, longe do rapaz, Dayana a visitava sempre que possível.
Alessandra: MEU PAI NÃO ERA ALCOÓLATRA, SEU ANIMAL! -gritei furiosa-
Juiz: Ordem Srta.Ferrari! -disse alto, eu respirei fundo- continue Sr.Carter
John: Como eu estava dizendo, criei minha filha com todo meu amor. Dayana ficou grávida de Edgar, o filho mais velho, casou com Fernando e alguns anos depois engravidou novamente, e nasceram as gêmeas Juliana e Rebecca.
Chris: Permita-me Sr.Carter, mas a pouco você havia dito que o falecido Fernando Ferrari não tinha boas condições financeiras e que tinha problemas com álcool. Como foi possível ele ter tido 3 filhos com a Sra.Dayana assim, de repente?
John: Eu acho que o casamento dos dois não me diz a respeito Sr.Evans -foi debochado-
Juiz: Continue John.
John: Até então Dayana e eu permaneciamos separados, até que aconteceu de nos envolvermos novamente. Eu estava separado de minha esposa, então pedi que Dayana se divorciasse de Fernando e vivesse comigo, criariamos seus filhos juntos e tirariamos as crianças do perigo que era Fernando. Ela aceitou. Fui com ela até sua casa, criei um amor enorme pelos seus filhos, mas eles queriam o pai, crianças são assim. Mas Juliana mostrou um comportamento agressivo, desesperador, eu fiquei preocupado com a menina, uma criança normal jamais surtaria daquela forma!Aonde esse idiota está querendo chegar?!
John: Eu conclui que a convivência com o pai, o mal exemplo havia feito isso, e acreditei que numa casa com amor, harmonia, ela teria uma boa educação e se comportaria melhor. Engano meu. Toda vez que Juliana se irritava com algo, seja o menor dos problemas, se transformava num bicho de sete cabeças, ela surtava, ficava nervosa, agressiva, e com o passar dos anos isso só foi piorando.
Ele fez uma pausa e me olhou.
John: Na adolescência, quando descobriu que seu pai foi assassinado por um agiota ao qual ele não havia devolvido o dinheiro, a menina simplesmente surtou Sr.Juiz! Me dói lembrar da cena, tivemos que a segurar, ela chorou, esperneou, gritou, queria ir pra cima de todo mundo, foi trágico!
As lágrimas já rolavam pelo meu rosto. Ele vai acabar com a minha vida e eu nem podia reagir.
John: Tentei inúmeras terapias com os melhores psiquiatras, mas conforme ela ia fazendo as consultas, conforme lembrava, ela surtava mais. Até que um dia eu acordei e fui chama-la para realizar uma outra consulta, e ela simplesmente havia sumido. Fugiu e levou os irmãos juntos, aproveitou da fragilidade dos mesmos...Juliana desde criança era uma menina astuta, foi crescendo e se envolveu com coisas erradas, pelo que sei, é por isso que ela é o que é hoje. Uma cafetina, traficante, assassina, viciada em álcool e drogas, uma psicopata, esquizofrênica, Juliana é um perigo para sociedade.
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Warrior | L.S
Genel Kurgu"Nem sempre eu fui assim, fria, calculista, sem sentimentos, sem felicidade. Na verdade eu já fui uma menina feliz, amorosa, mas deixei de ser quando tiraram tudo que eu tinha: A minha família, a minha inocência. Dizem que o pouco faz muita gente fe...