Capítulo 11

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Guilherme

Chego em casa e encontro Maurício sem camisa, no sofá e com uma garrafa de cerveja na mão. Fecho os olhos e tento manter a calma. Se ele mentiu, algum motivo tem. Se ele não mandou o rapaz embora, ele também tem que ter um ótimo motivo. Portanto, decido não questionar nada por enquanto. Não quero pensar besteiras, e se no fundo, lá no fundo tiver algo a mais... Eu vou descobrir! E não vai ser brigando ou criando milhões de paranóias na cabeça que vai me ajudar.

— Ah, chegou! — falou rindo. — pensei que ia te encontrar dormindo com os carneirinhos.

— Haha, engraçadinho. — lhe dou um beijo na boca e me sento ao seu lado. — trabalhou muito? — pergunto enquanto tiro o tênis.

— Tô morto! — fala sem emoção. — hoje o dia foi tenso.

— Imagino. — dou um sorriso discreto.

— Imagina é?

— Ahan... — me aproximo mais e cheiro seu pescoço antes de deixar beijos ali.

— Hum... — geme deitando mais a cabeça no ombro, deixando assim, seu pescoço longo, livre. — continua...

— Já jantou? — pergunto mordendo seu queixo.

— N-não. — fecha os olhos com um sorriso satisfeito.

— Quer comer alguma coisa? — passo a mão por seu peito e vou descendo até abrir a sua calça.

— V-você! — afirma quando enfio a mão dentro da sua cueca.

Seu celular começa a vibrar e ele ignora.

— Comida, amor... — falo baixo sentindo seu pau crescer na minha mão.

O celular continua vibrando e ele sem a mínima intenção de atender.

— Primeiro tú, depois qualquer coi... — pegando o celular com raiva ele atende. — alô! Que foi caralho! — dá uma pausa e eu me afasto. — porra! E eu lá sei? Tú já viu as horas? — pergunta e cruzo os braços na sua frente. — ah, merda! Me deixa em paz! — desliga e começo a rir.

— Quanta ignorância! — falo com dó de quem seja.

— Já basta o dia inteiro cheio de trabalho ainda vem me encher a noite? Ah, vá a merda!

— Quem era? — pergunto me afastando em direção a cozinha.

— Ei, volta aqui! — grita e nem respondo.

— Seu amigo cortou o clima...

— Amigo? Aquele filho da puta vai me ouvir amanhã! — o celular volta a chamar quando ele chega na cozinha.

Estava tirando as panelas pra fazer o macarrão, quando escutei aquele nome.

— Oi! Que foi Otávio? — sinto meu corpo arrepiar quando escuto esse nome. E não é um arrepio bom... — tú me ligou pra pedir desculpas? — Maurício começa a rir e eu me viro observando sua feição que não é nem um pouco amigável. — acho melhor tú ir dormir. Além de me ligar pra falar de trabalho às dez da noite, me importuna em seguida pra pedir desculpas? Dá licença. — desliga e observando meu olhar questionador, fala o que eu queria ouvir. — tive uma conversa com ele hoje e devido a algumas coisas que escutei, decidi dar uma chance a ele.

— "Devido a coisas que escutei" — falo com ironia.

— Ele tá passando por um momento difícil e sendo assim, me implorou desculpas e disse que não foi nada daquilo que tú... Aliás, que nós pensamos.

— Ah, não? — pergunto enquanto coloco a água ferver e começo a descascar uma cebola.

— Sabia que o pai dele está doente e depende dele? — resmungo um "ahan" e ele continua. — fiquei com pena e relevei.

Para Sempre Meu - livro 2 [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora