CAPÍTULO 9 - PARTE 2

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MATTHEW BAKER

Ficamos nos encarando por um tempo. Eu apenas quero sair daqui e ir logo para a festa, mas ela insiste em dizer que não vai comigo e que está cansada demais em ficar no mesmo ambiente que eu.

- Não se preocupe comigo, Matthew. Eu tenho pernas, eu sei usar elas. Eu só quero dormir e esquecer da minha primeira vez em uma detenção. - Coço a nuca, contrariado com a ideia de deixá-la ir sozinha para a casa. Minha mãe com certeza me mataria pela falta de cavalheirismo. - Pode ir na festa se divertir com suas namoradinhas.

- Tá bem, Allison. Faça o que quiser, a vida é sua mesmo. - Dou de ombros, ainda hesitante, mas viro-me de costas e sigo meu caminho a pé para a casa de Hugh.

- Matt? - Sua voz faz com que eu pare e repense se realmente ir a esta festa é melhor do que ficar ao seu lado por um tempo.

Qual é, Matthew! Esses pensamentos ridículos de novo?!

- Sim? - Aperto mais a alça da mochila, sem me virar para ela.

- Divirta-se. - Sua voz soa mais distante.

Fecho os olhos e respiro fundo, tomando minha decisão: sigo em frente.

Eu não irei trocar uma superfesta por uma garota. Isso nunca!

Ainda mais se essa garota me despreza, como a Ally insiste em fazer todo dia.

[...]

- Não tinha ninguém vigiando e eu saí. - Dou de ombros encarando Gus que toma cerveja em uma caneca enorme.

- E minha irmã, cara? Deixou ela sozinha?

- Não... Ela preferiu ir pra casa.

- Que careta. - Ele ri. - Eu puxei o lado divertido da família!

Assinto com a cabeça sem realmente me importar e observo o movimento das pessoas ao som de Ne-Yo enquanto Gus vai atrás de algum rabo de saia.

Encho meu copo de vodka pela sexta vez e viro-o, sentindo o gosto amargo ainda em minha boca.

- Oi, gatinho. - A voz aguda e irritante de June chama a minha atenção.

- Hey, Juns! - Abro um sorriso, encarando seu decote.

June se aproxima enquanto aperta seus seios com a ajuda dos braços e sorri maliosamente.

- Estou com saudades, Matt. - Sinto um beijo no meu pescoço e seus braços apertarem a minha cintura.

Eu simplesmente não consigo sentir nada.

Nada.

Um adolescente com os hormônios a flor da pele era para estar excitado ao olhar pra as curvas do corpo de June e poder senti-las.

Mas eu só sinto... nada.

Desesperada, a loira devora minha boca em um beijo caloroso e no calor do momento - e pelo efeito que a vodka está fazendo em meu organismo - retibuo com a mesma intensidade.

AminimigosOnde histórias criam vida. Descubra agora