11. Garoto estúpido

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Ele bufou novamente ao subir no iate, caindo enquanto se contorcia no chão do mesmo com a dor.

— Nem foi tão forte assim. — Reclamei.

— Porque não foi você quem tomou o soco. — Reclamou. — Porra, Lauren.

Isso me fez rir.

— Pare de drama. — Ele me fuzilou com o olhar ao sentar, comigo saindo da água, me secando por cima apenas para recolocar a roupa de treino dali uns minutos, então ficando sentada na parte traseira, ainda, pegando um pouco de sol.

Alguns minutos depois recoloquei minha roupa, com Jason já desistindo de reclamar do soco — afinal, nem havia sido assim tão forte, e ele apenas estava fazendo drama para encher meu saco.

Voltei para a água, voltando a treinar por mais algum tempo. Consegui fazer até cinquenta outras duas vezes, assim como mais uma até sessenta.

Agora era a quarta tentativa após o almoço.

Cinquenta metros.

Sessenta.

E foi quando senti o primeiro o aviso.

Encarei a boia de setenta, movimentando as pernas e travando ali, então piscando, virando o corpo e começando a subir com lentidão, emergindo. Peguei um pouco de fôlego, vendo Jason me encarando deitado na popa.

— Ainda não bateu nenhum recorde, peixinho.

Concordei, voltando a mergulhar. Fiz isso duas vezes antes de, na terceira, algo diferente acontecer.

Desci com mais tranquilidade, alcançando a marca de sessenta novamente, então subindo, tentando me concentrar por conta de a falta de oxigênio começar a aparecer.

Quando emergi, Jason estava de pé, animado, balançando os braços.

— Você bateu! — Pisquei, surpresa, ao ouvir suas palavras. — Três minutos e quatro segundos!

Arregalei os olhos, surpresa.

— Isso é sério? — Nadei até ele, com ele me mostrando o celular. Abri e fechei a boca, então sorrindo, nadando de costas e girando dentro da água antes de emergir, animada.

Ele fez um sinal de positivo para mim, quase como se aprovasse. Ele voltou a se sentar após isso, comigo voltando ao treino, é claro. Eu ainda tinha que fazer o treino da distância, não era só a respiração.

Estabilizei minha respiração novamente pelos minutos seguintes, então voltando a mergulhar diversas vezes. Não aumentei mais meu recorde, mas aquele aumento já era uma grande conquista para quem estava travada há meses no mesmo tempo.

Eu descia, indo até sessenta, quando senti o primeiro aviso novamente.

Passei pelo cinquenta, então alcançando o sessenta.

Eu queria respirar, isso era um fato, mas eu também precisava sair dali. Minha cabeça estava iniciando as pontadas, a dor, comigo encarando as bolas, vendo a de setenta quase ali, então vendo os pontos pretos surgirem no canto dos meus olhos.

Pisquei, tentando pensar.

Merda.

Tentei subir, movimentando minhas pernas, mas elas me puxaram para baixo ainda mais. Merda. Deixei meu corpo cair por um instante, então soltando a bola de setenta, encarando o fio e o pouco resquício de luz vindo do mar, acima de mim, considerando.

E então amarrei o fio em minha mão, para garantir que se eu apagasse, não fosse longe.

Puxei o fio, tentando mostrar que estava me afogando, mas era óbvio que não iam notar, o mar balançava, era normal. Anormal seria uma calmaria completa para permitir que vissem as boias balançarem por minha causa.

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