Fiz bico, analisando o trabalho no computador, pensativa. Ainda faltava algo, sei lá, era como se estivesse bom, só não bom o suficiente.
— Está ótimo, Lauren. — Jason resmungou do meu lado. — Eu corrijo, beleza? Erros de gramática são todos meus, por mais que eu odeie. — Abri um sorriso, voltando os olhos para ele. — Também configuro para as regras que o professor pediu e está pronto.
— Não está pronto. — Revirei os olhos para ele, apoiando meu rosto em meu joelho, voltando os olhos para o notebook. — Ainda temos que fazer a apresentação para a turma, cinco minutos cada um, lembra?
Ele soltou um resmungão que soou algo como "aquele professor filho da puta". Sorri para isso, analisando o trabalho, com ele dando de ombros, um braço apoiado em minha cadeira, o outro em cima da mesa.
— Você me manda o que gostaria de falar, eu monto a apresentação e, se você odiar, você refaz tudo. — Voltei os olhos para ele, levantando as sobrancelhas. Era meio surpreendente ouvir aquilo. Ele revirou os olhos para mim. — Eu vou fazer bem feito, Lauren, como absolutamente tudo que faço na minha vida.
Coloquei a mão no coração, fingindo surpresa. Egocêntrico.
Ele sorriu para isso, abaixando a tela do notebook e estufando o peito.
— Estamos semanas adiantados, então podemos respirar fundo, senhorita adiantada.
— Eu gosto de manter algumas coisas bem-feitas muito antes da data, por segurança. Vai, que, sei lá, eu me machuque treinando e não possa fazer o trabalho por estar no hospital?
Ele fez uma careta.
— Credo, Lauren, vira essa boca pra lá. — Falou, retorcendo a boca.
Sorri para isso, dando de ombros ao me levantar da cadeira, indo até minha bolsa e guardando meu caderno.
Voltei os olhos para ele com tudo, com ele levantando a cabeça, encarando meu rosto ao invés do que encarava dois segundos antes (minha bunda).
— Qual é, peixinho! — Falou, rindo, ao ver meu olhar frio em cima dele. — Sério, você não faz ideia do que está perdendo ao não poder ver sua bunda.
Revirei os olhos para ele, fechando minha mochila.
— Eu sei que ela é bonita, mas é estranho encarar.
— Em teoria, você acabou de levantar ela bem na minha cara, eu só estava olhando para frente. — Falou, sério.
Isso fez eu soltar uma risada.
— Você tem desculpas bem interessantes, Jason.
Ele abriu um sorriso orgulhoso.
— Não é?
Neguei com a cabeça para ele, sorrindo ao apontar para a parte superior do iate.
— Precisamos ir. Tenho a prova amanhã, não posso demorar. — Ele concordou, se levantando e subindo as escadas, comigo logo atrás.
Me sentei na ponta do iate, com Jason mais para trás, manobrando pelo radar, comigo sentindo o vento bater no rosto. Era ótimo sentir aquilo, ainda mais com a brisa noturna.
— Seu cabelo está estranho, não se ache tanto assim. — Ouvi Jason falar, alto.
Voltei o rosto para ele, com metade de meu cabelo batendo em meu rosto, dificultando minha visão. Jason sorria para mim.
— Está meio molhado e meio seco, parece horrível. — Apontou.
Revirei os olhos para ele.
— Me deixe em paz, não é pra ser bonito.
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RomanceNo típico estilo badboy, Jason fugia de um único estereótipo: ele tinha aberto uma exceção. Emma. Emma era sua exceção, quem ele havia dado uma chance, sua namorada. E, por mais irônico que isso soe, Emma havia feito o que ninguém esperava: ela, a...