39. Ingênua

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Notas: Antes tarde do que nunca, ein? HAHAHHAA Desculpem a demora para postar hoje, não era a intenção! 

De todas as formas, espero que gostem! <3

Boa leitura!

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Fiquei segundos embaixo da água, então me empurrando para cima, subindo.

Quando eu emergi, Jason olhava em volta, então me encontrando e me puxando pela mão, segurando meu rosto com suas duas mãos, olhando nos meus olhos.

Os olhos dele refletiam na água, então o tom ficava mais claro. O mel estava misturado na cor do céu e da água, então parecia verde, em determinados momentos.

— Caralho. — Foi o que ele falou.

E me beijou de novo.

Seu beijo era gentil, doce, tranquilo. Era realmente incrível. Eu me sentia bem. Era como estar no local que eu deveria estar, e mesmo assim...

Comecei a sentir o óbvio, algo que já deveria ter sentido.

Algo estava errado. Algo bem feio.

E parti meu coração ao notar o que era. Foi um dos piores sentimentos que eu já tinha sentido, a propósito. Era um sentimento bem parecido com o que eu tinha quando pensava em minha mãe. E não era... bom.

Ele não precisava me dizer, eu não precisava descobrir o que era, eu simplesmente só precisava juntar os pontos, e no mesmo momento que eu beijava ele, eu entendia o que estava acontecendo.

E não era algo bom.

Me afastei, quebrando o beijo, encarando ele, séria, com ele franzindo o cenho.

— O que foi? — Meu coração não parecia estar se afogando.

Ele tinha parado de tentar sair do meio de tudo, e tinha desistido. Meu coração tinha se afogado — de vez.

Encarei ele, ainda séria, analisando seu olhar e negando com a cabeça, escondendo meu choque. Eu não ia dar esse gosto. Não para ele.

Estava tão na cara...

Jason parecia perdido, é claro, mas não da mesma forma que eu. Era diferente.

Simplesmente me virei e segui caminhando na direção da praia.

— Lauren? — Perguntou, confuso.

Claro que ele estava confuso. Era óbvio que ele estaria confuso. Não estava acontecendo o que ele devia ter planejado.

— Peixinho? — Mudou o nome, chamando mais alto.

Soltei o ar lentamente ao ouvir o apelido, sentindo vontade de chorar.

Tudo fazia sentido. Finalmente tinha fechado. Toda a lógica, tudo.

Eu caminhava, firme, dentro da água, sentindo vez ou outra um buraco na areia, no chão, mas não era um problema. Eu só queria sair dali.

Por que eu odiaria ele por basicamente quinze anos, e do nada mudaria o que pensava dele? Eu era tão burra!

Por favor, eu era um rostinho bonito, um alvo fácil. Eu não costumava dar atenção para os caras, então seria fácil me tratar de formas específicas e conseguir o que queria. E era óbvio que eu não era páreo para o incrível Jason Brooks.

Com quem ele tinha apostado?

Eu era uma das últimas presas, já que ele havia dormido com o colégio inteiro, basicamente, ainda mais considerando que nos odiávamos. Isso ficava ainda melhor para ele. Era ridículo. Eu queria rir. Rir a ponto de me curvar e perder a respiração.

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