36. Comigo, aqui e agora

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Jason me entregou a chave, apontando para o primeiro andar.

— Vou com você até o carro, se troca lá mesmo, você não vai encontrar um banheiro vazio de todos os jeitos. — Concordei, seguindo-o com tranquilidade.

— Bastante confiança a sua em me dar a chave do seu carro. — Comentei.

Ele soltou uma risada ao colocar minha mão em seu ombro, já que até então ele segurava a mesma, para não nos perdermos.

— Você não me roubaria. — Falou, sério.

— Eu não colocaria tanta fé. — Sua cabeça foi de um lado para o outro em um gesto negativo.

Jason ia colocar o pé no primeiro andar quando parou com tudo, comigo batendo nele, sentindo suas mãos em meus cotovelos enquanto eu quase pendia em cima dele.

E dois caras passaram quase voando por nós, brigando. Levantei minhas sobrancelhas ao parar ao lado de Jason, nós dois seguindo os caras com o olhar. Um gancho de direita aqui, uma joelhada lá, e... três seguranças interviram. Os dois caras começaram a gritar palavrões um contra o outro, comigo vendo uma garota próxima, ralhando com os dois, gritando coisas bastante gentis para ambos. Um deles parecia a cara dela, e o outro um pouco mais velho que ela.

— Aposto que é o irmão e o namorado. — Jason comentou.

Concordei com a cabeça.

— Também acho.

E seguimos caminhando pelas pessoas. Jason desviou seu caminho para a cozinha — ele preferia tomar água antes de sair para nadar, por conta de estar tonto (e eu apoiava ele cem por cento nisso) —, comigo indo para o carro, destravando-o, abrindo a porta traseira e entrando.

Tirei a roupa com velocidade, desconfiada por conta do vidro dianteiro, que não era fumê por completo, e coloquei a calcinha do biquíni, quase tropeçando em mim mesma conforme o fazia, colocando o short logo em seguida.

Tirei minha blusa, e estava abrindo o sutiã quando a porta começou a se abrir.

Puxei ela com força, batendo-a, e ouvi a risada alta de Jason.

— Agora que eu não planejava, quase consegui! — Ouvi ele dizer, gargalhando.

Claro que sim.

Neguei com a cabeça, incrédula, ao tirar o sutiã com velocidade, colocando o biquíni e amarrando a parte de baixo.

Tentei fazer um contorcionismo tremendo para amarrar a parte do pescoço, mas não estava conseguindo. Fazia tempo que eu não usava aquele biquíni, porque ele era mais desconfortável para treino — como era possível notar apenas pelo fato de colocar ele ser um inferno —, e eu notavelmente não conseguiria colocar ele sozinha. Eu só tinha colocado ele na bolsa por hábito — e segurança.

Bufei de raiva ao notar que realmente não ia conseguir amarrar a parte do pescoço, abrindo a porta do carro, irritada, segurando os fios no pescoço.

— Amarra pra mim? — Pedi, tentando não soar irritada.

Jason voltou os olhos para mim, encostado no carro de braços cruzados, sério, e então o brilho de diversão surgiu em seu olhar. Sua boca estava meio molhada, como se ele tivesse acabado de tomar água — ou de morder os lábios.

— O peixinho não consegue vestir o uniforme? Que feio. — Comentou, comigo bufando. — Vira aí. — Falou, comigo me virando no banco.

Ele amarrou o biquíni, comigo então soltando o cabelo.

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