35. Cigarros

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Já era noite quando chegamos no colégio, e me despedi do time. Ty e Re haviam desaparecido em menos de minutos, antes mesmo de eu conseguir falar com eles, e eu me via no carro de Jason, indo para sua casa.

Bom, saindo do mesmo, já em sua casa.

Saí do carro de Jason, que deixou o mesmo na rampa, batendo a porta enquanto seguia ele para dentro da casa, com ele trancando a porta e me seguindo para o segundo andar, rindo baixo de alguma coisa.

— O que foi? — Perguntei sem olhar para trás.

— Você já conhece o caminho, é engraçado. — Comentou, risonho. — E, a propósito, eu na realidade tentei te convencer à ir a festa porque o Stuart ficaria mesmo chateado se você não fosse. Não por nenhum motivo em particular, mas ele gosta de você, te acha legal e tudo mais.

Concordei, parando no final da escada, com Jason passando por mim.

— Você pode usar o quarto de visitas. — Apontou. — Você já conhece ele. — Concordei com a cabeça, com ele me analisando. — O que foi? — Perguntou, desconfiado.

Eu me sentia meio grata por Jason ter permitido que eu me arrumasse ali. Eu não gostava da ideia de passar a noite me arrumando, em casa, e sair, sozinha em todas essas etapas. Sendo sincera, eu tinha um pouco de medo de tudo aquilo. Não que algo de muito ruim pudesse acontecer, mas também não tinha garantia.

— Sei lá, só obrigada. — Dei de ombros.

— Pelo quê? — Perguntou, confuso. Encolhi os ombros.

— Sei lá. — Ele riu, concordando, apontando para a porta de seu quarto.

— Não recomendo você abrir essa porta enquanto eu estiver lá dentro, bata antes.

Abri um sorriso maldoso.

— Medo de que eu veja você pelado? — Ele revirou os olhos para mim, dando de ombros.

— Só não se atrase, vai ser uma merda me atrasar por sua causa. — Ri baixo, concordando ao seguir para o quarto de visitas, negando com a cabeça ao fechar a porta do quarto, vendo ele me seguir com o olhar, esperando eu estar na segurança de um quarto fechado para seguir seu caminho.

Eu duvidava muito que eu fosse ser a causa de algum atraso. Eu raramente me atrasava para as coisas, não era muito do meu feitio.

Abri minha bolsa de treino, puxando tudo para fora e quase tropeçando por conta da força que tive que usar, me apoiando com os pés no canto da cama e me puxando para trás.

Consegui tirar tudo que queria, satisfeita ao esticar as roupas em cima da cama. Eu tinha uma blusa vermelha caída, mais festa, de tecido mais caro, e um short rasgado branco — que eu já havia utilizado inúmeras outras vezes. Arrumei os tênis — os causadores de minha bolsa inteira ficar presa — no chão, pensativa enquanto analisava a roupa. Puxei a caixa pequena do bolso interno da bolsa, abrindo-a e vendo os brincos e duas pulseiras, satisfeita enquanto colocava a caixa em cima da cama, cruzando os braços.

E então peguei o vestido do fundo da bolsa, incerta. Ele era preto, meio colado, e combinava mais com o tênis do que com as rasteirinhas que eu havia escolhido, ao contrário do shorts e blusa, que combinavam mais com as rasteirinhas.

Será que eu devia usar preto? Eu não gostava tanto de usar preto.

Aquelas roupas eram, de fato, minhas duas melhores combinações que eu tinha, para uma festa — qual é, era uma festa de aniversário de um riquinho, havia uma enorme diferença de uma festa qualquer feita por Reeves Bower (que também era riquinho, mas o ponto é que não era uma festa de comemoração de seu aniversário).

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