26. Quando foi que aconteceu

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Me afastei de Peter, voltando meus olhos para Stuart.

Peter manteve a mão em minha cintura.

— Oi, Stuart. — Falei, sorrindo para ele.

Stuart me encarava, brincalhão, ao tomar um refrigerante pelo canudo do copo do cinema. Ele parecia a tranquilidade em pessoa.

E eu estava com meu alarme interno me avisando de que aquilo podia muito bem ser armação da pessoa que tinha me apelidado de peixinho.

Peter parou por um segundo antes de concordar, parecendo tentar lembrar quem era Stuart.

— Ah, você é aquele amigo do Brooks, né? — Stuart concordou, com os dois batendo as mãos.

Encarei Stuart, desconfiada.

— Você veio sozinho? — Perguntei.

Onde estava Jason?

Ele concordou.

— Sim. O Jason — lá estava — disse que assistiu um filme bem legal esses tempos, aí recomendou. Convidei uns amigos, mas todos eles me deram bolo, então estou aqui, indo assistir ao filme. — Claro, todos os amigos dele tinham negado sair para assistir filme em um sábado à noite que até Jason estava em casa. Isso sem contar os zilhões de cinemas em shoppings enormes, com bem mais opções.

E Stuart estava justamente no mesmo horário que eu, na saída de meu encontro, falando comigo.

Concordei com a cabeça para Stuart.

— Bom filme, então. — Falei.

Ele concordou também.

— Obrigado. Se divirtam. — Deu de ombros, saindo caminhando.

Antes mesmo de entrar na sala de cinema, Stuart já tinha pegado o celular.

Eu ia matar Jason Brooks. Eu literalmente ia matar ele.

Qual era a necessidade de mandar um amigo para meu encontro?

Peter me puxou para perto novamente, sorrindo para mim, fazendo bico, os olhos brilhando, brincalhões, enquanto sua outra mão voltava para minha cintura, me puxando de frente para ele.

— Onde estávamos? — Perguntou.

Puxei o ar, com ele fazendo uma careta.

— Na parte que eu digo que é isso por hoje. — Fiz bico, com ele suspirando, concordando.

— Ok. — Ele abaixou o rosto, me beijando, apertando minha cintura antes de me soltar. Puxei seu lábio, quase não soltando ele, com ele sorrindo, mantendo-se próximo de mim ao continuar falando. — Você quer uma carona? Vim de carro.

Neguei com a cabeça.

— Nah, meu pai ainda quer fazer umas coisas comigo. — Falei, encolhendo os ombros. Não realmente. — Mas... foi divertido. — Falei, sorrindo para ele.

Ele riu.

— Por mim eu ficaria mais tempo, mas da próxima devíamos marcar algo pra durante a tarde, ou manhã, ou o dia todo, quem sabe à noite... — isso me fez sorrir.

— Da próxima? — Perguntei, brincalhona, parando na primeira parte de sua frase.

— Claro que sim. — Deu de ombros. — Ou não? — Estreitou os olhos.

— Claro que sim. — Respondi o que ele tinha dito.

Peter sorriu para isso, comigo pegando meu celular, encarando-o.

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