5. Não seja tão dura consigo mesma

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Eu encarava o professor, vendo as contas matemáticas no quadro.

Aquilo era grego?

Minutos depois eu já levantava, com a aula já terminada.

Eu só queria me formar para nunca mais ver aquilo, pelo amor de Deus. Eu não tinha nada contra matemática, para ser sincera, só não tinha nada — e nunca teria — a favor.

Uma garota me encarava enquanto eu fechava a bolsa, curiosa.

— Lauren, você viu a Emma? — Perguntou. — Ela disse que...

— Não vi. — Respondi, cortando-a, pegando minha bolsa. — Desculpe.

Ela suspirou, concordando.

— Se ver ela, avisa que eu estou procurando ela?

— Não estou mais falando com ela, não posso te ajudar. — Ela levantou as sobrancelhas, então concordando, sem jeito.

— Ah, desculpa.

— Tudo bem. — Abri um sorriso fraco. — Não tinha como você saber.

Acenei fracamente para ela antes de sair da sala, seguindo até meu armário e deixando tudo ali, pegando apenas meu dinheiro para o almoço e minha garrafa de água, já que meu celular já estava em meu bolso.

Eu gostava de meu colégio, ele era ótimo — um dos melhores da região, sendo honesta —, e nossos programas, especialmente para os formandos, eram ótimos, além de que basicamente durante o ensino médio inteiro podíamos fazer o programa aberto — isto é, nossas grades não eram por período, sim por dia da semana.

Diversos colegas meus faziam as aulas por período, tinham as aulas por semestre, todos os dias tinham os mesmos horários, enquanto outros colegas — como era o meu caso — escolhiam suas grades por semestre, em alguns casos, ou por ano, mas por dia da semana. Nossas aulas mudavam de dia para dia da semana, mas tínhamos aulas duplas — e às vezes triplas — para compensar a obrigatoriedade de algumas disciplinas.

Virei no corredor, vendo Jason em um armário, encostado no mesmo com uma garota ao seu lado. Ele colocava o cabelo dela para trás com um sorriso brincalhão no rosto.

Inacreditável.

Eu já tinha passado por eles quando ouvi Jason falar.

— Ei, peixinho. — Chamou. Virei meu rosto, vendo um sorriso em seu rosto, encarando-o com as sobrancelhas levantadas antes de responder:

— O que foi, sardinha? — O sorriso dele se quebrou.

A garota ao seu lado levantou as sobrancelhas para mim, chocada com a resposta.

O quê? Agora só porque ele era o incrível e fodedor Jason Brooks eu tinha que achar incrível ele me chamar de peixinho? Se foder.

Jason tinha os olhos estreitos para mim.

— Ia te convidar para uma festa, mas você não parece interessada. — Levantei as sobrancelhas, rindo.

— Eu realmente não estou interessada. — Falei. — Você me convidando para uma festa? — Ele deu de ombros. — Conta outra, Jason, não vou cair na armação.

Ele abriu um sorriso.

— Não é a armação, a armação vem antes de quinta, não vou demorar tanto assim.

Cruzei meus braços.

— Quinta?

— É. — Falou.

— Sexta tem aula. — Falei o óbvio.

— Não, não tem. — A garota ao lado dele falou. — Reunião? Feriado? — Apontou, comigo abrindo a boca. Ah. — Jason vai dar uma festa no iate dele. — Ela então encarou ele, passando a mão por seu ombro.

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