O Fugitivo - kth

28. Você é minha!

*ANNY*

-Droga! -derramei suco pelo chão e me abaixei para limpar.

Eu ouvi um barulho vindo de fora, muito parecido com uma batida como se algo quisesse me assustar, congelei ajoelhada no chão rezando para que não fosse o mascarado, ele sabia onde eu estava e não duvido que venha me procurar, e agora taehyung não estava presente pra me proteger.

Vi um vulto passando pela janela apressadamente e meu coração começou saltar, era uma sensação de desespero misturada com horror, gatinhei me escondendo na frente dos móveis e fiquei no cantinho de costas para a porta. Eu não queria ter a bela visão de frente pro assassino que agora queria a mim. Escutei a maçaneta girar e o frio na barriga tomou conta de meu corpo, meu estômago começou embrulhar e eu sabia que algo de ruim estava prestes a acontecer.

"não entre, não entre... "

A porta se abriu e eu já estava querendo desmaiar, estava pronta pra desistir de toda minha vida, desistir de fugir e desistir de Taehyung que fez sua parte mantendo me segura. Foi uma escolha tão burra, como pude escolher um lugar tão fácil? eu estava exposta caso alguém entrasse. Era agora. A porta se abriu por completo e passos de tênis batendo contra o chão do nada parou atrás de mim, já se foi as chances e não tinha como correr, estava vulnerável.

-Ok. Você me pegou! -estava trêmula e minha voz não saia direito da garganta.

-Ainda não peguei! -Ha! Que comediante!

"Espera eu conheço essa voz!"

Parecia... Viro o pescoço para ver quem é.

-Taehyung!? -aliviei, senti meus músculos tensos relaxarem. Soltei todo ar do pulmão que estava preso.

Ele apanhou meu braço e me ergueu sem esforço, ele não aparentava ser forte mas isso foi impressionante. Senti seus braços me segurarem e eu com as mãos apoiadas contra seu peito, já meus olhos foram diretamente em sua boca que ao reparar bem, estava suja de sangue.

-Você tá sangrando! Tae... O que aconteceu? -perguntei preocupada, segurei seu rosto para analisar aquela ferida melhor.

-Eu não quero falar disso agora. -Ele umedeceu seus lábios fazendo aquele tom de sangue recente se tornar mais claro -Quero me desculpar pelo meu jeito estúpido, e dizer que não vou desistir de você. Vou lutar e provar meus sentimentos que sinto, e não deixarei namjoon tentar te persuadir.

Meu coração palpitou e eu pude jurar por todo meu passado que dessa vez, um homem estava sendo sincero comigo, seus olhos brilharam diante aquelas palavras, e eu estava pronta para me entregar de cabeça nessa relação prestes a surgir. Estava tão nervosa que chegava ser engraçado meu jeito tímido e ausência de palavras pra dizer.

-Seu tolo. -sorri fraco, foi tudo o que consegui falar -Mas eu não cairei nas conversas de namjoon, por mais perfeito que fosse!

-Se ele fosse perfeito eu nem jogaria na tentativa. -disse com insegurança nos olhos, mas eu... Eu sabia exatamente do que ele precisava ouvir pra acreditar em mim.

-Só tem um motivo por qual eu não escolheria ele de modo algum! -o encarei com suspense, era bom deixar ele aflito pra minha surpresa. -O amor... eu amo você!

Aquele brilho no olhar se tornou um sol, ele abriu um sorriso enorme contagiante que me apaixonei outra vez, aquele sorriso quadrado que a partir de agora seria meu porto seguro nas horas boas e ruins.

Tae me abraçou forte cheirando meu pescoço, eu me sentia um nenê sendo fungada, ele era tão fofo que senti uma grande vontade de lhe morder. Mas antes que eu fizesse isso tae estacionou o momento, levou a mão para dentro de sua calça na região da cintura e retirou um revólver.

Me afastei de tae na mesma hora espantada com aquele objeto em suas mãos, eu odeio armas e já vivi experiências o suficiente com esse troço horrendo. Era um basta pra minha vida.

-Onde conseguiu isso? -perguntei desconfiada sem sequer desviar os olhos daquele monstro assassino chamado arma.

-O mascarado me atacou com isso, eu consegui revida e preferi trazer a arma. Mas eu não to no clima pra estes assuntos!

Tae deixou a arma cair pelo chão e por fim tirou meu semblante indignado do rosto com apenas um beijo, era um beijo diferente pois era com vontade e sentimentos, e com gosto de sangue claro. Sentir sua boca trabalhar junto a minha para simplesmente dizer que me amava, confesso é perfeito, toda garota quer isso. E eu desejei alguém assim por muito tempo enquanto trabalhava em casa segurando uma vassoura.

Meu pai jamais aceitaria nós dois, pois pra ele taehyung era... uma ameaça, um criminoso e frio. Mas estava disposta a enfrentar e provar o contrário.

...

Aqueles beijos levaram a gente para apenas um cômodo, o quarto, sei que para outra pessoa eu nunca me cederia dessa forma, mas todo um sentimento forte envolvido e corpos se aquecendo com beijos eu senti algo diferente me pertencendo. Era a hora de dizer "Rick, você tinha razão. Aqueles preservativos um dia iriam ser usados" não acredito que realmente isso iria acontecer e eu chegar admitir depois de brigar para que Tae se livrasse dos pacotes.

-Tae! ... -disse com a voz fraca tentando ignorar o prazer que estava sentindo com taehyung tirando minha roupa aos beijos por todo corpo -Você sabe... eu nunca fiz isso!!

Ele deu um pequeno riso ladino mirando para mim que incentivou meus pulmões trabalhem mais rápido. Eu sabia que algo iria mudar hoje, e não era simplesmente a perda da minha inocência e sim nossa relação. Tudo mudaria e depois disso nada impediria nós dois de agir como um casal de verdade.

-Não se preocupe, vou ser cuidadoso!

Me senti tranquila com suas palavras e permiti taehyung continuar o que já estava fazendo.

Em meio de minutos já estávamos avançados perdidos naquele momento, Tae estava por cima de mim e abriu minhas pernas, me pediu para relaxar e não pensar em nada, eu mesmo teria que sentir a sensação não deixando a mente ser previsível.

E por fim abocanhou meus lábios molhados de desejo, sua língua enrolou na minha me levando a distração de meus pensamento, senti seu pênis se deslizar em meu clitóris causando gemidos leves que enchia ainda mais minha vontade sem deixar de lado a curiosidade. Tae separou nosso beijo e se posicionou ajoelhado por cima de mim, deslizei minhas mãos pelo seu peitoral e esperei algum ato dele.

-Fecha os olhos! -disse tão paciente e calmo que obedeci.

Ok. Quando senti o membro de Tae me invadindo um enorme medo se fez presente, mesmo sendo devagar uma dor suportável estava ali, seguro o gemido prendendo os lábios com o dente, Tae segurou uma de minhas mãos que estavam em seu peito e com a outra se apoiou na cama.

-Aí! Dói! -reclamei, mas gostando.

Senti que minhas palavras foram ignoradas e ele continuou me penetrar lentamente, já estava uma boa parte dentro de mim e aquela dor estava diminuindo, soltei mais gemidos dessa vez já sentindo um pequeno prazer. Tae deixou sua gentileza de lado e se empolgou, agora ele estava cedendo a movimentos intercalados, no sentido vai e vem, meu corpo estava correspondendo por si só, retrai as costas levando as mãos ao lençol que segurei forte com o ritmo das estocadas fazendo todo meu corpo se movimentar sincronizado, estava difícil segurar meus sons, aquela casa estava barulhenta com a mistura de nossos gemidos. Eu senti algo mais forte vindo, e era o grande ápice.

-Eu - te - amo! -tae soltou aquilo no meio daquela sensação prazerosa.

Eu sorri.

...

De todas as vezes que estive com Taehyung essa foi a primeira vez que o conheci de verdade, antes era só um cara esquisito falando sobre feijões, agora eu o via como um homem que me deu a oportunidade de sonhar sobre um futuro, me sentir confortada e protegida, e por último não menos importante, amar de novo.

Achei que tudo estava perdido para mim, mas quer saber? Não me arrependo de ter sido abordada por um estranho e acolhê-lo em minha casa, agora eu entendo como o destino funciona... e nada poderia afetar negativamente (mas não façam isso, é errado e ganhei na loteria de não ter sido um bandido dos fodões). A menos que ele traga outras coisas ruins como trouxe junto de nossa união.

E nessa noite nada poderia estragar, eu disse nada!